A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo Seja Contigo. Bem-vindo.

Com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, a bênçao de Deus e do Espírito Santo e Anuência do Reverendo Pastor Antônio Jorge Moreira, seja abençoado ao ler cada mensagem posta.

sábado, 30 de outubro de 2010















I. INTRODUÇÃO


Na lição de hoje, estudaremos a respeito da oração mais conhecida de todos os tempos: a Oração do Pai Nosso. Para ensinar os discípulos a orar, Jesus proferiu esta conhecida oração (Mt 6.9-13). Esse modelo de oração é singular pela sua simplicidade e adequado pela sua objetividade e propósito; é um modelo que serve aos crentes. Com esta oração modelo, Cristo indicou áreas de interesse que devem constar da nossa oração. Esta oração contém seis petições: três dizem respeito à santidade e à vontade de Deus e três dizem respeito às nossas necessidades pessoais. A brevidade desta oração não significa que devemos ser breves quando oramos. Às vezes, Cristo orava a noite inteira (Lc 6.12).


• II - A ORAÇÃO DEVE SER INERENTE AO CRENTE


1. Aprendendo a orar com o Mestre. O maior exemplo de oração. Constantemente, Jesus procurava estar a sós em oração com o Pai, principalmente nos momentos de grandes decisões. Sendo Ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhe assegurava o direito de agir sobrenaturalmente, poderia dispensar a oração como prática regular de sua vida. No entanto, ao assumir a forma humana, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu plenamente a natureza humana (Fp 2.5-8) experimentado todas as circunstancias inerentes à vida humana, inclusive a tentação (Hb 4.15). Isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se comprometa a servir com inteireza de coração a Deus.

A oração foi o instrumento pelo qual Cristo suportou as afrontas, por ela, não deu lugar ao pecado, por ela, tomou o peso da cruz e venceu o maligno (Mt 26.36-46). Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre: Depois de passar uma noite em oração, Jesus escolheu os doze para serem seus apóstolos. Se Jesus, o perfeito Filho de Deus, passou uma noite toda em oração ao Pai, para tomar uma importante decisão, quanto mais nós, com nossas fraquezas e nossos fracassos, precisamos orar muito e cultivar uma íntima comunhão com nosso Pai celestial.

A oração modelo registrada em Mt 6.9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida como uma reza ou um mantra, a menos que o Mestre não tivesse condenado ‘as vãs repetições’ dos gentios. Seria incongruente. O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã. Finalmente, ela não é uma oração universal, para toda a humanidade, mas destina-se exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por meio da fé em Cristo Jesus.


2. Os discípulos já conheciam a respeito da oração? O Salmo 55.17 registra a busca perseverante de Davi em oração (de tarde, e de manhã, e ao meio-dia), os judeus tinham um horário determinado para as orações: de manhã (as 9h), à tarde (as 15h) e à noite (no pôr do sol).
O apóstolo Paulo nos exortou a levar todas as nossas ansiedades a Deus em oração, com a promessa de que, assim, a paz de Deus guardará nossos corações e mentes (ver Fp 4.7).



É hipocrisia colocar todas as mercadorias na vitrine, dando a entender que a loja tem grande estoque. É hipocrisia quando a adoração sai da boca para fora; é sinceridade somente se sair do íntimo do coração. Os hipócritas... se comprazem em orar em pé nas sinagogas (v. 5).


3. A oração era algo habitual para Jesus e seus discípulos. Lucas ressalta mais do que os outros Evangelhos a prática da oração na vida e na obra de Jesus.
Quando o Espírito Santo desceu sobre Jesus no Jordão, Ele estava orando (Lc 3.21); em certas ocasiões, afastava-se das multidões para orar (Lc 5.16), e passou a noite em oração antes de escolher os doze apóstolos (Lc 6.12). Ficou orando em particular antes de fazer uma pergunta importante aos seus discípulos (Lc 9.18); por ocasião da sua transfiguração, Ele subiu ao monte a orar (Lc 9.28); sua transfiguração ocorreu estando Ele orando (v.29); e estava ele a orar antes de ensinar aos discípulos a chamada Oração do Senhor (Lc 11.1). No Getsêmani, Ele orava mais intensamente (Lc 22.44); na cruz, orou pelos outros (Lc 23.34); e suas últimas palavras antes de morrer foram uma oração (Lc 23.46). . O empenho constante de Jesus era levar seus seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em oração, para cumprirem a vontade de Deus nas suas vidas.

A oração-modelo ensina reconhecer a Deus como Pai; expressar sua soberania, santidade e dependência plena do Eterno.


III. DECORRÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO-MODELO


1. “O pão nosso de cada dia”: A terceira petição do modelo de oração diz: ‘O pão nosso de cada dia dá-nos hoje’; é, provavelmente, a petição mais conhecida, na mais conhecida das orações. Deus dá através de seu mundo natural criado. Desde o tempo de Noé, Deus tem prometido ‘...não deixará de haver sementeira e ceifa...’ (Gn 8.22). O crente sabe e reconhece sua dependência de Deus, é Ele quem dá a capacidade para ganhar, a possibilidade de germinação e o crescimento das plantações, ainda que possamos trabalhar com nossas mãos (Ef 4.28), entendemos que nosso trabalho não apaga a realidade da dádiva de Deus. ‘Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo’ (Tg 4.13-17). O Israel antigo recebia o maná diariamente. Isto era para humilhá-los e prová-los. Deus queria que eles aprendessem que eram dependentes d’Ele. O crente vive ‘de tudo o que procede da boca do Senhor’ (Dt 8.2,3). Israel fracassou miseravelmente em aprender a lição. Sua descrença e falta de confiança em Deus fizeram com que fossem ignorantes do propósito de Deus. Ouçam o ponto de vista deles sobre o propósito de Deus. ‘E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa?’ (Nm 14.3). Se eles tivessem reconhecido e apreciado o cuidado diário de Deus, não teriam deixado de entender a meta final de Deus. Uma realidade em nossa vida é o perigo da abundância de boas coisas que nos faz deixar de apreciar o cuidado diário de Deus. Tornamo-nos crentes mimados. Sim, é pelo pão diário que oramos, porque é pela graça de Deus que comemos e vivemos cada dia. Entendendo nossa total dependência de Deus, estamos contentes ‘tendo sustento e com que nos vestir’ (1Tm 6.8).



CONCLUSÃO:


Embora a oração não possa ser reduzida a uma fórmula, certos elementos básicos devem ser incluídos em nossa comunicação com Deus.

Estes elementos formam o acróstico: "CASA". Ou seja:

• "C" – Confissão - Quando a nossa disciplina para orar começa com adoração, o Espírito Santo tem a oportunidade para revelar qualquer pecado em nossas vidas que necessita ser confessado.

• "A" – Adoração - Adorar a Deus é cultua-Lo, louva-Lo, honra-Lo e exalta-lo em nosso coração, mente e lábios.

• "S" – Súplica - Inclui a petição pelas nossas próprias necessidades e intercessão pelos outros.


Oremos para que o nosso interior possa ser sempre renovado, sempre sensível e fortalecido pelo Espírito Santo. Oremos pelos outros: cônjuges, filhos, pais, vizinhos e amigos, nossa nação e autoridades. Oremos pela salvação das pessoas, por uma oportunidade diária de levar outros a Cristo e pelo cumprimento da Grande Comissão.

• "A" – Agradecimento - Uma atitude de agradecimento a Deus pelo que Ele é, pelas benevolências que gozamos e por pertencermos a Ele, permite-nos reconhecer que Ele controla todas as coisas, não apenas as bênçãos, mas também os problemas e as adversidades. Quando nos aproximamos de Deus com um coração grato, Ele se torna forte em nós.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SUBSÍDIOS PARA TODAS AS CLASSES DE EBD

Diletos professores,eis os subsídios da cpad para todas as classes da nossa EBD,bons estudos.

JOVENS E ADULTOS
Lição 04
A Oração em o Novo Testamento
Leitura Bíblica: Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14

Introdução
I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
CONCLUSÃO

A PRÁTICA DA ORAÇÃO: UMA NECESSIDADE PARA A IGREJA
Prezado professor, no decorrer da história da Igreja Cristã é possível verificar diversos elementos que marcam a vivência e a intimidade da Igreja com Deus. O elemento em pauta é o desenvolvimento da prática de oração na Igreja ao longo dos anos.
Compreender a oração no desenvolvimento histórico da Igreja, produz ensinamentos edificantes para nossa vida espiritual.
A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja em Jerusalém viver a disciplina de uma vida com a prática da oração .
Sobre o tema em apreço, o Pastor Claudionor de Andrade analisa brevemente a prática da oração nos primórdios da Igreja e avança séculos, mostrando a continuidade do exercício da oração no período medieval e moderno:

A oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações.
Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: “Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?”
E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração.

Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, parafraseando John Bunyan: Jamais seremos cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.
O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor .
Deus é um Ser que intervem na causa humana. Ele se fez humano e é conhecedor de todas as nossas fragilidades. O Deus-Homem denota em nós a certeza de que o “Pai Nosso” nos ouvirá, de fato, como um pai que ouve o seu filho.
Portanto, prezado professor, incentive o seu aluno a cultivar o hábito da oração. Mostre a ele que a disposição para orar pode nascer de maneira bem natural. Ensine-o a aquecer o coração com a meditação das Palavras de Cristo, de Paulo ou dos Salmos, por exemplo. Conclua dizendo que após a meditação da Palavra, a exposição de todas as súplicas do coração será eficaz. O hábito da prática de oração é uma necessidade para a sobrevivência espiritual!


Reflexão: “Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito”.

JUVENIS
Lição 04
O Impacto da TV na vida Cristã

Texto Bíblico Efésios 5.1-8; 1 Timóteo 6.3-5,11-14

Televisão, os perigos da exposição excessiva

A influência da televisão atualmente é inegável. Tornando esse fato como ponto de partida, procuro analisar os perigos da exposição excessiva a mídia. A TV está presente e tem exercido influência em muitos lares evangélicos. Não podemos negar essa realidade. O Ateliê Aurora, programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Santa Catarina, através de um estudo, constatou que assistir televisão é a atividade mais marcante de todos os contextos sociais. A pesquisa foi feita com alunos da rede pública de ensino (escolas localizadas em comunidades carentes) e privada (escolas de elite) de Florianópolis, no centro da cidade e em vila de pescadores. Mesmo com o avanço das tecnologias digitais, a televisão continua ocupando um espaço privilegiado no cotidiano da maioria das famílias brasileiras. Observe o que nos diz Regina de Assim, diretora da Multirio, e Marcus Tavares sobre o alcance da TV:

Num país de dimensões continentais, a TV alcança praticamente todos os municípios (99,84%) e está presente em 91,4% dos domicílios. A influência sobre a constituição das identidades das crianças é, portanto, notória. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005, divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a televisão está presente em 91,4% dos domicílios. O rádio, em 88%. O computador, em 18,6%. O computador com acesso à internet em apenas 13,7% dos domicílios pesquisado.

Antes de adotar uma postura crítica frente ao uso da televisão, é preciso ter consciência de que a mesma não é a única responsável pelo mau comportamento das crianças e jovens. Caso fosse à única vilã bastaria termos uma TV perfeita para vivermos um Éden aqui na Terra. O que acontece é que as crianças e os adolescentes estão se excedendo diante de um veículo de comunicação que tem o poder de manipular o pensamento, as ideias. Pesquisas mostram que as imagens têm o poder de afetar os dois lados do nosso cérebro. Retemos mais informações quando nos são apresentadas por meios audiovisuais. E nem sempre a TV mostra aquilo que é saudável. Observe o que nos diz Regina de Assis, Presidente da MULTIRIO e coordenadora do RIO MÍDIA – Centro Internacional de Referência em Mídias para Crianças e Adolescentes:

Várias pesquisas evidenciam que a produção audiovisual tem o poder de estimular os dois lados do cérebro: o tecido neocortical, responsável pelas funções superiores do raciocínio, tais como a constituição do significado de palavras e ações; e o sistema límbico articulador dos instintos, da intuição, dos desejos, afetos e emoções. O cérebro das crianças é por isso cooptado, com facilidade, pelos programas de TV, que tanto exercem atrações sobre seu raciocínio, quanto sobre seus sentimentos, desejos e afetos.


Os perigos da “telinha”

As Escrituras Sagradas nos advertem: “Não porei coisa má diante dos meus olhos...” (Sl 101.3). Atualmente, essa advertência não é apenas divina, pois psicólogos e psiquiatras também alertam e advertem os pais sobre os problemas causados pelo excesso de exposição à mídia, principalmente a TV. A criança brasileira é uma das que passam a maior parte do tempo livre diante da televisão. Segundo uma pesquisa do Painel Nacional de Televisão do Ibope, publicada no livro Crianças do Consumo, de Susan Linn, as crianças brasileiras de 4 a 11 anos assistem em média a 4h51 minutos de TV por dia. O Brasil ficou em primeiro lugar — antes dos Estados Unidos — na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do televisor. A criança evangélica, que freqüenta a ED, também não está de fora desses números.
Jesús Martín-Barbero afirma que, desde a metade do século XX, a função de principal elemento de influência no processo de formação do público infanto-juvenil, ocupada durante séculos pela família, vem sendo mais e mais dividida com os meios de comunicação de massa. Por meio da mídia eletrônica, aponta Barbero, crianças e adolescentes ficam expostos aos diversos tipos de mensagens.

Alguns dos resultados da exposição excessiva

Os resultados negativos da exposição excessiva da mídia são muitos; seria impossível relacioná-los. Portanto, destacamos alguns aspectos. Um deles é o aumento da obesidade infantil as crianças não brincam mais como deveriam. Estão cada dia mais sedentárias. De acordo com dados apresentados pela Escola Paulista de Medicina, na “Primeira Jornada de Alimentos e Obesidade na Infância e Adolescência”, no Brasil 14% das crianças são obesas e 25% estão acima do peso. As empresas de alimentos infantis têm investido no marketing de produtos colocados à disposição das crianças, uma vitrine atraente, repleta de guloseimas. Segundo os especialistas, os adultos são menos influenciados pela propaganda, cujo poder manipulador afeta profundamente as mentes infantis, aumentando o consumo de alimentos nem sempre saudáveis.
A exposição excessiva à mídia também contribui para o aumento da agressividade. As crianças ficam expostas a imagens violentas e repletas de sexualidade, que comprometem seu comportamento social e seus valores. As crianças que assistem à violência gratuita estão propensas a enxergá-la como uma maneira eficaz de resolver conflitos. Segundo a Academia Americana de Pediatria, “assistir à violência pode levar à violência na vida real”.
O excesso de exposição à mídia também contribui para o aumento da atividade sexual precoce e fora do casamento. A infância e a adolescência tornaram-se curtas e o número de adolescentes grávidas virou uma questão de saúde pública. Brandon Tartikoff, antigo presidente da NBC, declarou: “Realmente, acredito que as imagens influenciam os comportamentos... a TV é financiada por comerciais e a maioria usa comportamentos imitativos”.
Outro fato que podemos constatar é a diminuição do diálogo familiar. Os pais já não conversam como deveriam com seus filhos, pois o tempo que lhes sobra é gasto diante da “telinha”, onde o silêncio é exigido. Vale relatar o que diz Solange Jobim e Souza em sua obra A Subjetividade em Questão:

Nos lares de hoje as famílias não mais contam suas histórias. O convívio familiar se traduz na interação muda entre as pessoas que se esbarram entre os intervalos dos programas da TV e o navegar através do éden eletrônico as infovias. O tato e o contato entre as pessoas, na casa ou no trabalho, cedem lugar ao impacto televisual.

A exposição à mídia também contribui para o consumismo (resultando em inveja, ambição, cobiça, etc). Fica difícil para as crianças e adultos resistirem aos apelos do consumo:

O mundo do consumo se oferece como terra prometida, um lugar a que todos têm direito e onde se é diferente, sendo igual. (Solange Jobim)

A verdade é que acabamos por aceitar a cultura do consumo. Muitos pais fazem o possível e o impossível para que a pseudofelicidade prometida pelo consumo esteja ao alcance de seus filhos. Isso se deve ao fato de que na atualidade o “ter” passou a ser mais importante que o “ser”. A esse respeito, recorro mais uma vez à pesquisadora Solange Jobim:

Aprendemos a avaliar com perfeição a vida através dos objetos que circulam entre nós. Não são mais os outros, nossos semelhantes, que fornecem os elementos básicos para a constituição de nossas referências éticas e morais.” (Solange Jobim)

Diante de tantos malefícios, fica a pergunta: É lícito interagir com a mídia? Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1 Co 10.23;16.12). Devemos fazer uso da mídia com prudência e discriminação. De acordo com Charles Colson e Nancy Pearcey, podemos desfrutar da mídia desde que estejamos treinados para sermos seletivos e definamos limites para que a cultura popular não molde o nosso caráter.
É importante ressaltar que a mídia comunica crença de valores e sempre expressa uma ideologia. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que “os cristãos que vêem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura”. Esse é o problema. As crianças e adolescentes conseguem fazer essa leitura? É difícil! Elas precisam ser ensinadas a fazer isso. Será que fazemos essa leitura? Ou ingerimos tudo? Sem questionamento?
Tem “alguém” por trás da “telinha”
Esse alguém a quem me refiro não são os técnicos, editores, pessoas de carne e osso como nós. Esse alguém não possui um corpo físico. Ele é o Inimigo das nossas almas, lembrando que a sua função neste mundo é matar, roubar e destruir. As estratégias de Satanás para destruir as famílias mudam de tempos em tempos, e especificamente nos tempos pós-modernos. Temos visto o mundanismo na mídia, principalmente na TV, ridicularizando a fé cristã e refletindo de forma negativa em algumas famílias. Quando a família não dá muita ênfase à TV, as crianças, por influência dos amigos, concluem que sua família é “estranha” por priorizar Jesus e a igreja, uma vez que as famílias exibidas nos programas televisivos não vivem como sua família.
As pessoas estão hipnotizadas diante da subjetividade das imagens; muitas não conseguem discernir as artimanhas de Satanás. Precisamos clamar por um avivamento de contrição e santificação (1 Pe 1.15,16; 1 Ts 5.23). Entretanto, se gastarmos nosso tempo diante da televisão, como vamos clamar a Deus? Sobrará tempo para a oração?
Nós somos responsáveis pela programação que as emissoras estão transmitindo. Canal de televisão é concessão. Como “luz” e “sal” dessa Terra, podemos e devemos trabalhar para termos uma mídia de qualidade. Lembre-se, o controle deve estar em nossas mãos. Não o terceirize. Não deixe que outros decidam que seus filhos vão assistir. Segundo Doris Sanford, no livro Criança Pergunta Cada Coisa..., os pais devem olhar no mínimo um episódio do programa antes de permitir que as crianças assistam. É preciso selecionar cuidadosamente a programação a que a família vai assistir. Uma pesquisa feita na Argentina mostrou que 95% das crianças conhecem toda a programação televisiva, mas apenas 5% dos pais sabem ao que seus filhos assistem. Muitos pais acreditam que seus filhos vão ter acesso a uma programação de qualidade só pelo fato de terem em casa canais de TV por assinatura. Esses canais não se preocupam com os conteúdos, não acompanham nem avaliam ao que seus filhos estão assistindo.
Riscos na infância
Na atualidade, a criança vem correndo vários riscos. O modo como uma nação trata as suas crianças diz muito sobre como será o seu futuro. Observe o que nos diz Solange Jobim e Souza:

[...] a criança contemporânea tem como destino flutuar erraticamente entre adultos que não sabem mais o que fazer com ela. Crianças passam assim a compartilhar entre si suas experiências mais frequentes, as quais se limitam, na maioria das vezes, ao contato com o outro televisivo, remoto, virtual e maquínico.

Como temos tratado nossas crianças? Como Igreja do Senhor, o que temos feito? Qual tem sido a nossa preocupação com a educação cristã?
A televisão está tão impregnada em nós que podemos vê-la até na Escola Dominical. Na Escola Dominical? Isso mesmo! Está presente na fala das “tias”, nas músicas que as crianças cantam, no modo como se vestem, nos gestos, nos brinquedos e nas brincadeiras. A televisão nos leva a consumir não somente mercadorias, mas também imagens, linguagem e modo de ser... A educação cristã não deve se restringir às salas de aula da ED, pois nossos alunos são indivíduos que são afetados por seu meio. A reflexão a respeito da exposição excessiva à televisão é relevante e fundamental para que possamos oferecer às crianças e jovens uma educação que lhes possibilite de fato dialogar com a mídia e com a nossa cultura. Para Gilka Girardello, coordenadora do Ateliê Aurora, é fundamental fazer com que as crianças e jovens compreendam que a televisão não é uma “janela para o mundo — como gostam de caracterizar os mais otimistas: Ela é um recorte muito bem produzido e montado da realidade — e não a realidade”.
Nossos alunos, não importam à idade, deveriam estar conscientes do que estão perdendo quando permanecem diante da televisão. Você está consciente das perdas? Elas são muitas. Observe a relação. Veja o que perdemos quando ficamos horas diante da TV:

• Ler um bom livro ou revista;
• Orar e ler a Bíblia;
• Ouvir uma boa música;
• Tocar um instrumento;
• Fazer uma caminhada ou andar de bicicleta;
• Brincar com os amigos;
• Participar de uma boa discussão teológica ou política;
• Visitar um amigo;
• Realizar algumas tarefas domésticas.

É hora de pegar o controle
É possível neutralizar os efeitos maléficos da televisão? Podemos ter o “controle” de volta? Vejamos algumas sugestões que podem nos ajudar a combater os perigos da “telinha”:

1. Procure dedicar mais momentos para estar com seus filhos. A sua companhia, com certeza, é melhor do que a das apresentadoras dos programas infantis. Qual o filho que não quer ficar perto dos pais?
2. Estabeleça um horário e confeccione um calendário com os dias, horas e programas que as crianças possam assistir.
3. Logo no início da semana, pegue o guia da TV e, em família, discuta os programas que podem ser vistos e estarão disponíveis.
4. Compre alguns adesivos e determine que cada adesivo valha uma hora de TV, mas para cada hora de televisão a criança deverá ler um capítulo de um livro.
5. Se a criança ficou uma hora assistindo à TV, depois ela deve brincar com os colegas ou sozinha.
6. Assista, pelo menos, a metade do programa que seu filho está assistindo, pois só assim terá condições de discutir com ele o comportamento dos personagens. Caso ache necessário, durante a exibição, faça algumas considerações. Você poderá dizer: “Esse personagem agiu dessa forma. Ele agiu de modo correto? O que a Palavra de Deus nos diz sobre isso?”
7. Faça perguntas sobre os programas. As crianças gostam de ser provocadas a opinar, a falar o que pensam.
8. Procure adquira alguns vídeos evangélicos para as crianças. Existem excelentes trabalhos no mercado.
9. Nunca use a televisão como forma de recompensar a criança. Por exemplo: “Você comeu tudo; agora pode ver TV”.
10. A televisão não deve ficar no quarto da criança ou adolescente e nem escondido em um lugar de difícil acesso, pois o controle fica mais difícil. Ela deve estar em um local onde todos possam ver, onde você esteja sempre de olho.
11. Peça que as crianças que façam uma lista de cinco coisas que gostariam de fazer ao invés de assistir à TV. Depois, discuta com elas o que poderia ser feito de imediato. A televisão vai ficando para depois, e acriança vai perceber que existem atividades mais divertidas.

A Palavra de Deus nos ensina: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus” (Ef 5.15,16).
Está na hora de desligarmos a tevê e investirmos em algo mais saudável. Como educadores, temos a responsabilidade de alertar nossos alunos e os pais sobre o poder sedutor da linguagem televisiva. Não podemos nos calar diante dos estragos que a exposição excessiva diante “telinha” vem produzindo.


Bibliografia
LINN, Susan. Crianças do consumo: infância roubada. São Paulo, Instituto Alana.
SOUZA, Solange Jobim e. Subjetividade em questão: a infância como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras.
PALMER, Michael. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro, CPAD.
COLSON, Charles & PEARCY, Nancy. E agora como viveremos? Rio de Janeiro, CPAD.
ASSIM, Regina de & TAVARES, Marcus. TV, sociedade e responsabilidade. Disponível em: www.multirio.rj.gov.br/riomidia/. Acesso em: 18 de fevereiro de 2009.
www.aurora.ufsc.br
www.midiativa.tv


Autora: Telma Bueno
Pedagoga, Jornalista e
Revisora do Setor de
Educação Cristã da CPAD.

ADOLESCENTES
Lição 04
Confronto Histórico

Texto bíblico: Gálatas 5.16-26
O FRUTO DO ESPÍRITO
Por Antônio Gilberto
Estudando bem as passagens que tratam do Espírito, a partir de Gálatas 5.22,23 e Efésios 5.9, nota-se que esse fruto é o caráter de Cristo manifesto no crente, relativamente. Esta é outra das verdades pentecostais. Quanto às qualidades desse “fruto”, conforme Gálatas 5.22, o grande evangelista Dwight Moody disse que amor é uma alusão a esse fruto completo, do Espírito; pleno, maduro. A seguir, vem o fruto descrito no mesmo versículo.
Gozo é o amor obedecendo a Deus. O gozo vem da nossa obediência prestada ao Senhor; já a alegria vem da expectativa nas coisas do Senhor, como o salmista declarou: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!” (Sl 122.1).
Paz é o amor em repouso. Tudo está bem diante de Deus, a partir da consciência.
Longanimidade é o amor sofrendo. O amor de Deus faz-nos pacientes no sofrimento.
Benignidade é o amor se compadecendo. É o amor motivando altruísmo.
Bondade é o amor servindo. É o amor em ação; atuando.
Fé é o amor confiando. Daí a fidelidade e a perseverança.
Mansidão é o amor suportando. É fortaleza para suportar o que for preciso.
Temperança é o amor controlando. É equilíbrio, moderação e autocontrole em tudo.
Esse “fruto” que o Espírito quer produzir no crente tem muito a ver com o testemunho de Cristo perante o mundo, mas um volumoso segmento dela tem seu testemunho fraco, a sua fé epidérmica e a sua espiritualidade superficial, devido ao predomínio do secularismo pernicioso nas igrejas. Daí o mundo é que dá seu “exemplo” a essas igrejas. Sem as obras da fé cristã diante do mundo, essa fé é morta diante de Deus.


TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA “Verdades Pentecostais” da CPAD.

PRE-ADOLESCENTES
Lição 04
A Igreja organizada
Texto Bíblico: 1 Coríntios 12.12,14-20

O corpo humano é um organismo vivo que tem vários membros. Cada membro é diferente; no entanto, cada um deles faz uma contribuição específica a todo corpo. Porém, a despeito de seus diferentes membros, o corpo contém uma vida comum que opera em cada um dos seus membros.
Os vários e diferentes membros formam um só corpo. O apóstolo Paulo conclui: assim é Cristo também. A unidade dos cristãos, como a unidade física do corpo, é vital. A mesma vida espiritual existe em todos os cristãos, e ela se origina da mesma fonte, suprindo-os com a mesma energia, e preparando-os para os mesmos hábitos e objetivos.

Texto extraído do: Comentário Bíblico Beacon, CPAD

Boa ideia!

Leve para a sala de aula, gravuras dos membros do corpo humano. Divida a classe em grupos e distribua as gravuras.
Depois peça aos alunos para falarem acerca daquele membro, sua importância e utilidade para o bom funcionamento do corpo humano.
Comente que cada parte do corpo é importante e tem uma função a desempenhar, da mesma maneira somos nós na igreja, cada um têm uma função a desempenhar e todos são importantes para o bom andamento da obra.

JUNIORES
Lição 04
Um por todos e todos por um
Texto Bíblico: Atos

O Espírito de Deus em Pedro viu o princípio da incredulidade que reinava no coração de Ananias. Qualquer que tenha sido a insinuação de Satanás, este não poderia ter enchido o coração de Ananias com esta maldade, se ele não houvesse consentido. A falsidade dele foi o intento de enganar o Espírito de Verdade, que falava e agia tão manifestamente por meio dos apóstolos. O delito de Ananias não foi reter parte do preço do terreno; poderia ter ficado com tudo se quisesse; seu delito foi tentar impor-se sobre os apóstolos com uma mentira espantosa unida à cobiça, com o desejo de ser visto. Se pensarmos que podemos enganar a Deus, fatalmente enganaremos a nossa própria alma. Como é triste ver as relações que deveriam estimular-se mutuamente às boas obras, endurecerem-se mutuamente no que é mau! Este castigo, na realidade foi uma misericórdia para muitas pessoas. Ele faria as pessoas examinarem a si mesmas rigorosamente, com oração e terror da hipocrisia, cobiça e vanglória, e a continuarem agindo assim. Impediria o aumento dos falsos crentes. Aprendamos com isto quão odiosa a falsidade é para o Deus da verdade, e não somente evitar a mentira direta, mas todas as vantagens obtidas com o uso de expressões duvidosas e de significado duplo em nosso falar.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, p.891

PRIMÁRIOS
Lição 04
Sirvo a um Deus que me dá amigos

Texto Bíblico: Rute 1.1,1-16; 2.1-4

A lógica nos diz que Rute e Noemi não deveriam ser íntimas. Rute era jovem; Noemi velha. Rute era de Moabe; Noemi era de Israel.
Assim também haviam barreiras religiosas e linguísticas. Adicione o potencial costumeiro de atritos ente sogra e nora, e é maravilhoso que Rute e Noemi pudessem ser gentis, ainda mais íntimas.
O que capacitou essas mulheres a desenvolverem um relacionamento tão íntimo? Enquanto Noemi se preparava para deixar Moabe e retornar à sua pátria, Rute demonstrou forte compromisso com sua sogra. Sua declaração final é constrangedora: “Teu Deus [será] meu Deus”. Aparentemente, Noemi foi um instrumento para apresentar Rute ao único Deus verdadeiro! O testemunho de Noemi e seu caminhar com Deus tinham sido tão reais e vibrantes que Rute sentiu-se motivada a conhecê-lo e segui-lo – mesmo que isso significasse sair de Moabe.
Podemos encontrar sucesso semelhante nos relacionamentos se deixarmos o amor de Cristo fluir através de nós. Quando nossas vidas estão entregues a Deus, apresentamos o fruto do Espírito: amor,alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Essas são as qualidades que produzem relacionamentos incríveis – mesmo entre pessoas que têm pouco em comum.

Texto extraído do livro: 365 Lições de Vida Extraída de Personagens da Bíblia, CPAD, p.85

JARDIM DE INFÂNCIA
Lição 04
Não fique aborrecido

Texto Bíblico 1 Samuel 25.1-42


De professor para professor

Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança aprenda que a ira é um sentimento que não agrada a Deus.

• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.

• A palavra-chave da aula de hoje é “ABORRECIDO”. Então, durante o decorrer da aula, repita a frase: “Papai do céu não quer vê-lo fique aborrecido”.

Para refletir
• A ira se torna pecado sempre que deseja, ou está inclinada a prejudicar alguém. O pecado é de caráter pessoal e divisor, e, por sua natureza, rompe e quebra relações pessoais. Quando a ira tem esta intenção, ou quando resulta em divisão entre os irmãos é pecado. A Palavra de Deus nos adverte: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”, ou seja, é necessário manter essa ira sob rígido controle. A demora em subjugar os sentimentos dá lugar para Satanás semear atitudes erradas no espírito, e discórdia séria no corpo de Cristo. E Satanás é perito em se aproveitar dessas portas abertas!


• Regras Práticas para os Professores

Características da Criança do Jardim de Infância

Vamos apresentar, a cada semana, algumas características da criança do Jardim. Porém é bom ressaltar que tais características não podem ser vistas como uma descrição de qualquer criança. São, na verdade generalizações — coisas que normalmente encontramos em grupos de crianças, mas não necessariamente em todas as crianças do grupo.

Características Físicas

Em relação ao crescimento físico, esta faixa etária já alcançou uma época de muita autoconfiança. Sua coordenação motora e o desenvolvimento dos seus pequenos músculos já avançaram o suficiente para o manuseio de tesouras, pincéis, lápis, gizes de cera e bastões de cola — o material do dia-a-dia do jardim de infância. Já consegue manejar os fechos e os botões de sua roupa; embora ainda possa estar aprendendo a amarrar os sapatos.
É capaz de correr, pular e escalar. Provavelmente, em pouco tempo, aprenderá a dança e saltar obstáculos. Capacitada por suas habilidades, realiza seus propósitos para a sua satisfação pessoal. Se estiver seus erros e deficiências apontadas pelos adultos, se sentirá um fracasso. Caso contrário, crescerá confiante, adquirindo novas habilidades a cada dia.

Continua na próxima semana.

Como Ensinar Crianças do Jardim de Infância. Rio de Janeiro, CPAD.


• Sugestões de Atividade

Para reforçar o ensino da lição sugerimos que depois de contar a história bíblica você faça a seguinte atividade: Prenda, com fita adesiva, várias folhas de papel pardo na parede da classe. Providencie giz de cera ou lápis de cor. Peça às crianças que desenhem os personagens bíblicos da lição (Davi, Saul, Nabal e Abigail). Depois que elas tiverem concluído o desenho, recorte e jogue fora o rosto dos personagens. Você e sua auxiliar deverão segurar as folhas, uma de cada lado. Peça que as crianças fiquem posicionadas atrás da folha. O objetivo é que elas emprestem suas faces aos personagens. A criança que emprestou seu rosto ao personagem deverá, contar com suas palavras, a história dele.

MATERNAL
Lição 04
Louve a Deus porque Ele é bom!
Texto Bíblico 2 Crônicas 5.7-14; 7.1-10

De professor para professor

Prezado professor, neste domingo as crianças terão a oportunidade singular de compreenderem o significado das palavras “AMOR E BONDADE”. O objetivo é que as crianças louvem a Deus por seu amor e bondade.

• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.

• As palavras-chave da aula de hoje são “amor e bondade”. Então, durante o decorrer da aula, repita a frase: “Vamos louvar ao Papai do céu por seu amor e bondade.”

Para refletir

• O salmista diz que o Senhor é bom, e que o seu amor dura para sempre, e que Ele é o maior professor de todos. Ele instrui os pecadores, ama a justiça e enche a terra com seu amor infalível. A sala de aula é a sua “terra”, e diariamente você pode enchê-la com amor, misericórdia e verdade. Quando ensinamos com a bondade e a paciência de Deus, Ele nos recompensa com a sua graça.


Trecho extraído e adaptado de: Graça Diária Para Professores. Rio de Janeiro, CPAD.

• Regras Práticas para os Professores

Como podemos ser eficientes em ensinar as crianças de um modo que agrade a Deus?

Vamos apresentar, a cada semana, um plano que pode auxiliá-lo a realizar esta tarefa. Vamos chamar este plano de “Ciclo Educacional Para Ensinar Crianças”. O ciclo educacional fornece orientações pelas quais um ministério de ensino eficaz pode ser planejado e programado.

Programa e Currículo
Como programar, planejar e ensina para atendermos as necessidades de nossos alunos?
Programar com base em nossa visão da criança satisfaz as necessidades dos alunos. A criança não é um adulto em miniatura, mas um indivíduo singular com características e necessidades especiais a cada faixa etária. Programar com base em como as crianças aprendem cumprirão as diretivas bíblicas mencionadas.
As Escrituras descrevem os dois focos como (1) evangelismo — alcançar as crianças, levá-las a um compromisso com Jesus Cristo como Salvador e Senhor — ; e (2) discipulado — levá-las a crescer na Palavra de Deus e equipá-la para compartilhar a fé.
A programação eficaz para as crianças inclui estas diretrizes:
(Continuação)

7. Ensino da sessão total. Do minuto em que a primeira criança entra na sala de aula até que a última saia, tudo o que for ensinado e experimentado deve apontar para os objetivos da lição da Palavra de Deus. A música, os trabalhos manuais, o versículo para memorizar, a história, as atividades e a conversa dirigida devem todos apontar para esses objetivos declarados da lição. Com crianças, em particular as mais pequenas, precisamos ensinar um conceito e ensiná-lo bem. Esta abordagem de conceito único capacita as crianças a assimilar uma verdade da Bíblia e aplicá-las em suas vidas durante a semana.
8. Grupos grandes e pequenos. O ministério com crianças normalmente tem falta de obreiros. Por conseguinte, as classes são grandes e o pessoal pedagógico pequeno. A relação de professor para alunos deve ser 1:5-6, até crianças de cinco anos, e 1:8-10 nas classes de crianças mais velhas. Grupos grandes são adequados para atuações bíblicas, momentos de adoração, brincadeiras, etc. Grupos pequenos são apropriados para contar histórias bíblicas, aprender atividades e desenvolver aqueles decisivos relacionamentos entre professor e aluno.
9. Lições divididas em unidades. Cada lição ensinada às crianças deve ser parte de um grupo maior de lições chamada unidade. Todas essas lições focalizam-se em um tema ou objetivo da Palavra de Deus. É importante que as lições sejam agrupadas em unidades, porque ensinam as crianças aprenderem melhor tendo um tema ensinado por muitos métodos diferentes.
10. O processo de ensino/aprendizagem. Entender como as crianças aprendem determina nosso ministério de ensino. Elas aprendem por experiências diretas, envolvimento ativo e descoberta pessoal. Nas 125 situações de ensino registradas no ministério de Jesus, em mais de dois terços das vezes o aluno fazia uma pergunta em resposta ao que Jesus fizera ou dissera. O Mestre em ensinar sabia que, se o propósito era ensinar, as palavras tinham de ir junto com as ações. Ele pedia aos alunos, aos discípulos e a outros para serem participantes ativos no processo de aprendizagem. Para Jesus, a aprendizagem era um processo de construção e não somente de transmissão.

Trecho extraído de Manual de Ensino Para o Educador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
• Atividade Manual
Para reforçar o ensino da lição, sugerimos a seguinte atividade: Desenhe, em uma folha de papel pardo, a silhueta de uma criança. Prenda, com fita adesiva a folha na parede. Peça para as crianças folhearem revistas para encontrarem gravuras de como Deus as tem abençoado com família, alimentos, brinquedos e amigos. Oriente as crianças para que recortem as gravuras e colem na silhueta. Durante a atividade diga que Deus é amoroso e bondoso, por isso, nos dá tantos presentes.
Desejamos que sua aula seja um sucesso e até a próxima semana se Deus assim permitir.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PORQUE ESTUDAR A BÍBLIA ?


Os ensinos bíblicos são imprescindíveis para o homem. Na Bíblia existem doutrinas (ensinos), poemas, provérbios, cânticos, histórias, revelações, profecias, comentários, narrativas e outras formas literárias, abrangendo 66 livros, que foram escritos por 40 diferentes autores, sob inspiração do Espírito Santo de Deus (livro de 2 Pedro, capítulo 1, verso 21).
Desprezar este conteúdo, é ignorar um conteúdo espiritual inestimável.
A sabedoria da Bíblia, chamada também "Palavra de Deus" é uma fonte a jorrar para a vida eterna. Nela, se encontra o Plano de Salvação para o homem, a justiça, a misericórdia, o amor, a eternidade, a santidade.
O propósito de estudar a Bíblia, de forma ordenada e contínua, é que as Sagradas Letras podem:
1) Levar-nos á fé salvadora em Cristo Jesus (João 20.21).
2) Orientar-nos sobre decisões do dia-a-dia (2 Timóteo 3.16).
3) Guardar-nos contra superstições, mentiras e enganos (Salmo 119.105).
4) Livrar-nos de cairmos em pecados, desordem emocional e cegueira espiritual (Salmo 119.11, Efésios 6.17, Apocalipse 1.3).
5) Dar-nos sabedoria e compreensão sobre fatos do passado, do presente e do futuro (Salmo 19.8, 2 Pedro 1.19, Apocalipse 1.1).



















I- INTRODUÇÃO

Pode-se aprender muito com a oração de Salomão. Era bastante incomum que um rei se ajoelhasse perante outro, sobretudo diante de seus súditos, porque o ato significa submissão a uma autoridade superior.
Salomão demonstrou seu grande amor e respeito por Deus ao se ajoelhar diante dEle.
Essa atitude revelou que reconhecia Deus como Supremo Rei e Autoridade; isto encorajou o povo a fazer o mesmo. Quando Salomão dedicou ao Templo, que construiu para que Deus pudesse habitar no meio do seu povo, colocou diante de Deus petições referentes à muitas situações que preocupariam Israel no futuro: pecado, inimigos, perdão, seca, pestilência, guerra, cativeiro, e assim por diante.
Cada petição foi seguida por uma súplica para que Deus ouvisse e respondesse as orações de Israel. Quando Salomão terminou suas petições, Deus demonstrou de forma dramática a sua aprovação pelo templo e a sua aceitação da oração de Salomão. Desceu fogo do céu, consumindo os sacrifícios e as ofertas queimadas.
Então a glória do Senhor encheu o templo. Há lições aqui para nós, pois Deus agora habita em nossos corações como seu templo. Se o buscarmos, Ele estará conosco no mesmo momento. No instante em que colocamos as ofertas que selecionamos sobre o altar, o seu fogo santo desce.
E sempre que deixarmos espaço disponível para Deus, Ele vem e ocupa!



II – ASPECTOS POSITIVOS DA VIDA DE SALOMÃO:

• Primeiramente, Deus apareceu a este rei em sonhos; solicitou o pedido; Salomão pediu um coração compreensivo – I Rs 3:5, 9 - A resposta de Deus foi aprovadora: Concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais. Entretanto, uma condição foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares... e guardares... - I Rs 3:10-14.

• Salomão foi sucessor de Davi no trono de Israel com a idade de 20 anos, deixando enorme legado:

• (A) - Construiu a casa do Senhor – I Rs 3:1;
• (B) - Amou a Deus, andando como Davi, seu pai – I Rs 3:3;
• (C) - Ofereceu muitos sacrifícios ao Senhor – I Rs 3:4;
• (D) - Foi humilde em sua petição, pedindo um coração compreensivo – I Rs 3:9;
• (E) - Sua sabedoria foi a maior de todas, com grande discernimento judicial – I Rs 3:12, 16-28;
• (F) - Sua riqueza foi incontável – I Rs 3:13;
• (G) - Foi profundamente grato – I Rs 3:25;
• (H) - Organizou o reino – I Rs 4:7-19;
• (I) - Estabeleceu grande força armada – I Rs 4:24-28;
• (J) – Foi superior aos sábios – I Rs 4:29-31;
• (K) – Proferiu provérbios e discursos – I Rs 4:32-34;
• (L) - Desenvolveu grandes projetos de construções, destacando-se o Templo e a Casa da Floresta do Líbano (palácio de Salomão), que demorou 23 anos para serem edificados – I Rs caps. 5 e 6;

•(M) – Orou, dedicando o templo ao Senhor – I Rs 8:22-53.


III. A ORAÇÃO INTERCESÓRIA

1. No Antigo Testamento. Oração intercesória é a ação de orar por outras pessoas. O papel de mediador em oração era prevalente no Velho Testamento (Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Ezequias, Elias, Jeremias, Ezequiel e Daniel). Preocupado com Ló e sua família, Abraão intercedeu diante de Deus para Ele não destruir as cidades impenitentes. Deus respondeu à oração de Abraão, embora não como este esperava. Embora os ímpios perecessem, Deus não destruiu os justos com os ímpios.
2. No período interbíblico. Entre o final do Antigo e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período houveram eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Numa época de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt 2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na sua presença (Ap 21,22).
3. Em o Novo Testamento. No NT, Cristo é retratado como o intercessor supremo; e por causa disso toda oração Cristã se torna intercessão, já que é oferecida a Deus através de Jesus Cristo. Jesus acabou com a distância que existia entre nós e Deus quando Ele morreu na cruz. Ele foi o mais importante mediador (intercessor) que já existiu. Por causa disso podemos agora interceder em oração a favor de outros Cristãos, ou pelos perdidos, pedindo a Deus que lhes conceda arrependimento de acordo com Sua vontade. ‘Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’ (1Tm 2.5). ‘Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós’ (Rm 8.34).

A oração intercessória de Salomão pode ser comparada, em sua sensibilidade com a dos protagonistas nos períodos do Antigo Testamento, o interbíblico e Novo Testamento


CONCLUSÃO:

Salomão deu um sublime testemunho: “NEM UMA SÓ PALAVRA FALHOU DE TODAS AS SUAS BOAS PROMESSAS” – I Rs 8:56 cf Js 23:14
• Nós falhamos, mas Deus não; nós O abandonamos, mas Ele nunca nos repeliu; as montanhas podem retirar-se e os outeiros podem ser mudados, mas Ele não se alterará nem recuará em Sua eterna bondade.

domingo, 10 de outubro de 2010

A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

Lição 2 - A Oração no Antigo Testamento
08 de outubro de 2010 às 11h13
Pr. Jairo Teixeira Rodrigues
Divulgação
Pr. Jairo Teixeira, comentarista da Lição Bíblica da CPAD Comentário da lição bíblica para o fim de semana
Leitura bíblica: 1 Reis 18.31-39

INTRODUÇÃO

Prezado professor, na lição desta semana vamos analisar o desenvolvimento da prática de oração ao longo do Antigo Testamento. A Palavra oração aparece cerca de 80 vezes no Antigo Testamento. É importante ressaltar que a oração é uma das mais antigas práticas da humanidade. Esta como responsável pela existência de todas as religiões no mundo, faz uso da oração a fim de afirmar sua experiência de fé. Todavia, a humanidade é criação de Deus, e o elo que comunica verdades entre o Criador e sua criatura, passa pelo exercício da oração. Já no AT. Podemos notar que a oração sempre esteve presente na vida de homens e mulheres que possuíam intimidade com Deus.

I - A Oração Vetero-testamentária

O Antigo Testamento representa o “aio” responsável que guia o povo israelita ao relacionamento perfeito com Deus. Até a formação desse povo, o “Eu Sou” se revela especialmente à sua criatura com o objetivo em designar seu propósito de relacionamento com a vida humana. Esse contexto se configura com Adão, onde o primeiro registro de comunicação entre ele e Deus aparece no texto vetero-testamentário (Gn 1.28). Porém, o Texto Sagrado silencia acerca de qualquer oração feita por Adão e Eva . Mas, com o nascimento do filho de Sete (filho de Adão e Eva), Enos, começou-se “a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26).

No desenvolvimento da nação de Israel averiguamos, em termos de oração, a coragem e a persistência de Abraão em implorar pela cidade de Sodoma, manifestando a existência de justos que poderiam poupar a cidade (Gn 18.22-33). A luta de Jacó com o anjo denota a experiência perpetrada por uma longa oração no Antigo Testamento (Gn 32.24-32). E o grande diálogo de Moisés com o Criador, ao ponto de pedir que o seu nome fosse riscado do Livro da Vida se Deus não perdoasse aqueles que adoravam o Bezerro de ouro (Ex 32.31ss).

Esse contexto denota que o exercício da prática de oração feito por esses personagens centrais, não exigia uma postura para tal. Ou seja, a oração poderia ser feita em pé (1 Sm 1.26), em certas ocasiões ajoelhadas (1 Rs 8.54) ou prostradas (1 Rs 18.42) com as mãos estendidas (1 Rs 8.22,54) ou levantadas (Sl 63.4).

Inicialmente as orações eram feitas de frente para o Templo porque era o lugar onde Deus havia dito que estaria (1 Rs 8.29,30). Após a destruição do Templo ás orações eram feitas em direção a Jerusalém (Dn 6.10).

II - CARACTERÍSTICA DA ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

A característica principal da oração veterotestamentária é que ela se dirige exclusiva e diretamente a Deus. O Senhor está no centro das orações, pois, é fiel à sua aliança. Para os que oram, Deus é reconhecido como “Rocha” (2 Sm 23.3); “Refúgio” (Sl. 14.6); “Fortaleza” (Sl. 62.3,7); “Escudo” ( Gn. 15.1). O auxílio só pode ser buscado no nome do Senhor que criou céus e terra (Sl. 8; 148 ). Além disso, podemos observar também que no A.T., eram usados gestos durante as orações: prostrar-se no chão (Gn 18.2; 19.2); por-se de joelhos ou dobrar os joelhos (2 Cr 7.3) Sl. 22.30); ficar de pé (1 Sm 1.26); estender as mãos (Is. 1.15); elevar as mãos (Sl 28.2), etc.

III - A ORAÇÃO NO PERÍODO PATRIARCAL

Neste período, a oração é apresentada pela expressão: ” ….e invocou o nome do Senhor”. Invocar significa: “chamar por alguém”. Em latim, “evocare” tem o significado de “mandar vir alguém ou algo”, “tirar” ou “requisitar”. Invocar também significa “chamar por socorro”, “pedir proteção”. Nos versículos abaixo, podemos ver que o Senhor foi chamado ou requisitado em várias ocasiões na vida de seus filhos.

• No nascimento de Enos. “... chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar o nome do Senhor.” (Gn 4.26);

• Depois da promessa feita a Abraão e antes de ele ir para as bandas do Sul. Abraão queria a companhia de Deus “…e edificou ali um altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor.” (Gn 12:8);

• Depois que Abraão voltou do Egito. “… e Abrão invocou ali o nome do Senhor.” (Gn 13.4);

• Quando o Senhor aparece a Isaque em Gerar. “Então, edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço”.(Gn 26:25).

IV - A ORAÇÃO NO PERÍODO MONÁRQUICO

Vimos que a palavra “Palal”, no hebraico, tem como significado primário: orar. Este é o sentido geral que aparece em todo Antigo Testamento (Gn 20.17; Nm 11.2; Dt 9.26; I Sm 1.10; I Rs 8.28; II Rs 6.17; II Cr 6.19; Ne 2.4; Sl 5.2; Is 37.15; Jr 29.12; Jn 2.1). Lembrando que as orações são direcionadas a Deus. Observe que as referências citadas contemplam o período monárquico em Israel (período em que a figura do rei é introduzida no cenário político do povo israelita e passa a exercer soberania). É neste momento histórico de Israel que o termo “Palal” é o usado no sentido de “interceder” (Jr 7.16; 11.14; 14.11).

Outra palavra que fica em evidência neste período é a palavra “tephilah”. Um substantivo derivado do termo “palal” que ocorre nos textos bíblicos com o sentido de “interceder” (Is 37.4). Assim, com o uso desses termos com o mesmo significado, a oração intercessória é o tipo de oração mais evidente do período monárquico. Interceder é mais que simplesmente pedir por outro, é se colocar no lugar do outro e rogar e sentir sua dor e suas necessidades. Quando o Senhor Deus pediu a Jeremias “….Não rogues por este povo para bem.” (Jr 14:11) era porque Jeremias se colocava no lugar do seu povo, que seria levado cativo por causa de seus gravíssimos pecados. Sendo a intercessão uma característica deste período histórico de Israel, muito mais característico deve ser na vida daquele que serve a Deus.

V - A ORAÇÃO NO RETORNO DO CATIVEIRO

Com a queda da monarquia em Israel e a deportação do povo ao cativeiro, a nação ficou sem o Templo onde se cultuava ao Senhor. Durante os 70 anos de exílio uma nova forma de expressar a

prática religiosa surgiu entre os judeus: a sinagoga. Com pelo menos dez pessoas, já era possível fundar uma. As orações eram ali realizadas pelos filhos de Israel, e, com o passar do tempo, evoluiu e tornou-se o centro da vida religiosa dos judeus. Nos textos bíblicos que narram o momento do retorno de Israel do cativeiro, os escritores usaram o termo “palal” com o sentido de “confissão”.

Podemos ver isso em (Ed 10:1): “E orando a Esdras assim, e fazendo esta confissão (grifo nosso), e chorando, e prostrando-se diante da Casa de Deus, ajuntou-se a ele de Israel uma mui grande congregação de homens e mulheres e de crianças, porque o povo chorava com grande choro”.

Em (Ne 1.4), Neemias diz: “….e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus”. O significado real do termo é “confessar”. Trata-se, pois, de uma oração de confissão de pecados. Este tipo de oração fica em evidência durante o retorno do cativeiro. Vale salientar que o profeta Daniel também durante o exílio já tinha confessado o pecado da nação em oração: “…E orei ao Senhor, meu Deus, e confessei..” (Dn.9.4). Através desses homens que o Senhor levantou, Israel estava reconhecendo que havia errado e que a grande misericórdia de Deus os havia alcançado, dando a eles uma nova oportunidade de voltar para sua terra.

CONCLUSÃO

Vimos nesta lição que a prática da oração no Antigo Testamento era presente na vida do povo de Deus. O uso das palavras em hebraico que foram usadas e depois traduzida por oração em nossa mostra-nos o real que a oração no A.T., que é o de “interceder”, “clamar”, “aplacar a face de Deus”, “confessar” e “agradecer”. Que essas palavras sejam, não somente estudadas por nós, mas, principalmente, vividas em oração.

REFERÊNCIAS

Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer. CPAD.

Pentecostal, Bíblia de estudo, CPAD

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ENCONTRO DE CASAIS NA SUB CONGREGAÇÃO 1 DE JATIÚCA

ENCONTRO DE CASAIS NA SUB CONGREGAÇÃO 1 DE JATIÚCA
Nos dias 28, 29 e 30 de Setembro foi realizado na Sub-Congregação 1 em Jatiúca o 1º Encontro de Casais. A Sub-congregação que já tem 12 anos de existência e em torno 120 crentes é dirigida atualmente pelo Pb Eliel Moura que tendo o objetivo de ajudar os casais da Igreja, convidou o Ev. Ismael e sua Esposa Noemi que trabalham na obra em Selma Bandeira. Os Casais que participaram foram de forma maravilhosa fortificados pela palavra de Deus. Temas atuais e alguns até polêmicos, foram abordados pelos palestrantes que com a ajuda de Deus chegaram aos esperados objetivos. Ao final das palestras foi realizado um Casamento Simbólico e cada casal entrou a Igreja ao som da macha nupcial e na companhia de crianças. Por fim a Igreja realizou um belo jantar concluindo assim a sua missão em proporcionar um momento tão importante. Diz o dirigente da sub-congregação, Pb Eliel Moura: ''Foi muito bom ouvir relatos de casais que se renovaram e rederam-se ao propósito de Deus para o casamento. Fiquei feliz também por receber na Igreja pessoas não evangélicas, esposas e esposos de irmãos e irmãs, que também receberam a palavra. Agradeço ao nosso Pastor Moreira por nos permitir realizar algo tão nobre''.
CONFIRA ALGUMAS FOTOS: