Diletos professores,eis os subsídios da cpad para todas as classes da nossa EBD,bons estudos.
JOVENS E ADULTOS
Lição 04
A Oração em o Novo TestamentoLeitura Bíblica: Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14
IntroduçãoI. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃOCONCLUSÃO
A PRÁTICA DA ORAÇÃO: UMA NECESSIDADE PARA A IGREJA
Prezado professor, no decorrer da história da Igreja Cristã é possível verificar diversos elementos que marcam a vivência e a intimidade da Igreja com Deus. O elemento em pauta é o desenvolvimento da prática de oração na Igreja ao longo dos anos.
Compreender a oração no desenvolvimento histórico da Igreja, produz ensinamentos edificantes para nossa vida espiritual.
A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja em Jerusalém viver a disciplina de uma vida com a prática da oração .
Sobre o tema em apreço, o Pastor Claudionor de Andrade analisa brevemente a prática da oração nos primórdios da Igreja e avança séculos, mostrando a continuidade do exercício da oração no período medieval e moderno:
A oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações.
Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: “Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?”
E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração.
Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, parafraseando John Bunyan: Jamais seremos cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.
O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor .
Deus é um Ser que intervem na causa humana. Ele se fez humano e é conhecedor de todas as nossas fragilidades. O Deus-Homem denota em nós a certeza de que o “Pai Nosso” nos ouvirá, de fato, como um pai que ouve o seu filho.
Portanto, prezado professor, incentive o seu aluno a cultivar o hábito da oração. Mostre a ele que a disposição para orar pode nascer de maneira bem natural. Ensine-o a aquecer o coração com a meditação das Palavras de Cristo, de Paulo ou dos Salmos, por exemplo. Conclua dizendo que após a meditação da Palavra, a exposição de todas as súplicas do coração será eficaz. O hábito da prática de oração é uma necessidade para a sobrevivência espiritual!
Reflexão: “Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito”.
JUVENIS
Lição 04
O Impacto da TV na vida CristãTexto Bíblico Efésios 5.1-8; 1 Timóteo 6.3-5,11-14
Televisão, os perigos da exposição excessiva
A influência da televisão atualmente é inegável. Tornando esse fato como ponto de partida, procuro analisar os perigos da exposição excessiva a mídia. A TV está presente e tem exercido influência em muitos lares evangélicos. Não podemos negar essa realidade. O Ateliê Aurora, programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Santa Catarina, através de um estudo, constatou que assistir televisão é a atividade mais marcante de todos os contextos sociais. A pesquisa foi feita com alunos da rede pública de ensino (escolas localizadas em comunidades carentes) e privada (escolas de elite) de Florianópolis, no centro da cidade e em vila de pescadores. Mesmo com o avanço das tecnologias digitais, a televisão continua ocupando um espaço privilegiado no cotidiano da maioria das famílias brasileiras. Observe o que nos diz Regina de Assim, diretora da Multirio, e Marcus Tavares sobre o alcance da TV:
Num país de dimensões continentais, a TV alcança praticamente todos os municípios (99,84%) e está presente em 91,4% dos domicílios. A influência sobre a constituição das identidades das crianças é, portanto, notória. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005, divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a televisão está presente em 91,4% dos domicílios. O rádio, em 88%. O computador, em 18,6%. O computador com acesso à internet em apenas 13,7% dos domicílios pesquisado.
Antes de adotar uma postura crítica frente ao uso da televisão, é preciso ter consciência de que a mesma não é a única responsável pelo mau comportamento das crianças e jovens. Caso fosse à única vilã bastaria termos uma TV perfeita para vivermos um Éden aqui na Terra. O que acontece é que as crianças e os adolescentes estão se excedendo diante de um veículo de comunicação que tem o poder de manipular o pensamento, as ideias. Pesquisas mostram que as imagens têm o poder de afetar os dois lados do nosso cérebro. Retemos mais informações quando nos são apresentadas por meios audiovisuais. E nem sempre a TV mostra aquilo que é saudável. Observe o que nos diz Regina de Assis, Presidente da MULTIRIO e coordenadora do RIO MÍDIA – Centro Internacional de Referência em Mídias para Crianças e Adolescentes:
Várias pesquisas evidenciam que a produção audiovisual tem o poder de estimular os dois lados do cérebro: o tecido neocortical, responsável pelas funções superiores do raciocínio, tais como a constituição do significado de palavras e ações; e o sistema límbico articulador dos instintos, da intuição, dos desejos, afetos e emoções. O cérebro das crianças é por isso cooptado, com facilidade, pelos programas de TV, que tanto exercem atrações sobre seu raciocínio, quanto sobre seus sentimentos, desejos e afetos.
Os perigos da “telinha”
As Escrituras Sagradas nos advertem: “Não porei coisa má diante dos meus olhos...” (Sl 101.3). Atualmente, essa advertência não é apenas divina, pois psicólogos e psiquiatras também alertam e advertem os pais sobre os problemas causados pelo excesso de exposição à mídia, principalmente a TV. A criança brasileira é uma das que passam a maior parte do tempo livre diante da televisão. Segundo uma pesquisa do Painel Nacional de Televisão do Ibope, publicada no livro Crianças do Consumo, de Susan Linn, as crianças brasileiras de 4 a 11 anos assistem em média a 4h51 minutos de TV por dia. O Brasil ficou em primeiro lugar — antes dos Estados Unidos — na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do televisor. A criança evangélica, que freqüenta a ED, também não está de fora desses números.
Jesús Martín-Barbero afirma que, desde a metade do século XX, a função de principal elemento de influência no processo de formação do público infanto-juvenil, ocupada durante séculos pela família, vem sendo mais e mais dividida com os meios de comunicação de massa. Por meio da mídia eletrônica, aponta Barbero, crianças e adolescentes ficam expostos aos diversos tipos de mensagens.
Alguns dos resultados da exposição excessiva
Os resultados negativos da exposição excessiva da mídia são muitos; seria impossível relacioná-los. Portanto, destacamos alguns aspectos. Um deles é o aumento da obesidade infantil as crianças não brincam mais como deveriam. Estão cada dia mais sedentárias. De acordo com dados apresentados pela Escola Paulista de Medicina, na “Primeira Jornada de Alimentos e Obesidade na Infância e Adolescência”, no Brasil 14% das crianças são obesas e 25% estão acima do peso. As empresas de alimentos infantis têm investido no marketing de produtos colocados à disposição das crianças, uma vitrine atraente, repleta de guloseimas. Segundo os especialistas, os adultos são menos influenciados pela propaganda, cujo poder manipulador afeta profundamente as mentes infantis, aumentando o consumo de alimentos nem sempre saudáveis.
A exposição excessiva à mídia também contribui para o aumento da agressividade. As crianças ficam expostas a imagens violentas e repletas de sexualidade, que comprometem seu comportamento social e seus valores. As crianças que assistem à violência gratuita estão propensas a enxergá-la como uma maneira eficaz de resolver conflitos. Segundo a Academia Americana de Pediatria, “assistir à violência pode levar à violência na vida real”.
O excesso de exposição à mídia também contribui para o aumento da atividade sexual precoce e fora do casamento. A infância e a adolescência tornaram-se curtas e o número de adolescentes grávidas virou uma questão de saúde pública. Brandon Tartikoff, antigo presidente da NBC, declarou: “Realmente, acredito que as imagens influenciam os comportamentos... a TV é financiada por comerciais e a maioria usa comportamentos imitativos”.
Outro fato que podemos constatar é a diminuição do diálogo familiar. Os pais já não conversam como deveriam com seus filhos, pois o tempo que lhes sobra é gasto diante da “telinha”, onde o silêncio é exigido. Vale relatar o que diz Solange Jobim e Souza em sua obra A Subjetividade em Questão:
Nos lares de hoje as famílias não mais contam suas histórias. O convívio familiar se traduz na interação muda entre as pessoas que se esbarram entre os intervalos dos programas da TV e o navegar através do éden eletrônico as infovias. O tato e o contato entre as pessoas, na casa ou no trabalho, cedem lugar ao impacto televisual.
A exposição à mídia também contribui para o consumismo (resultando em inveja, ambição, cobiça, etc). Fica difícil para as crianças e adultos resistirem aos apelos do consumo:
O mundo do consumo se oferece como terra prometida, um lugar a que todos têm direito e onde se é diferente, sendo igual. (Solange Jobim)
A verdade é que acabamos por aceitar a cultura do consumo. Muitos pais fazem o possível e o impossível para que a pseudofelicidade prometida pelo consumo esteja ao alcance de seus filhos. Isso se deve ao fato de que na atualidade o “ter” passou a ser mais importante que o “ser”. A esse respeito, recorro mais uma vez à pesquisadora Solange Jobim:
Aprendemos a avaliar com perfeição a vida através dos objetos que circulam entre nós. Não são mais os outros, nossos semelhantes, que fornecem os elementos básicos para a constituição de nossas referências éticas e morais.” (Solange Jobim)
Diante de tantos malefícios, fica a pergunta: É lícito interagir com a mídia? Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1 Co 10.23;16.12). Devemos fazer uso da mídia com prudência e discriminação. De acordo com Charles Colson e Nancy Pearcey, podemos desfrutar da mídia desde que estejamos treinados para sermos seletivos e definamos limites para que a cultura popular não molde o nosso caráter.
É importante ressaltar que a mídia comunica crença de valores e sempre expressa uma ideologia. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que “os cristãos que vêem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura”. Esse é o problema. As crianças e adolescentes conseguem fazer essa leitura? É difícil! Elas precisam ser ensinadas a fazer isso. Será que fazemos essa leitura? Ou ingerimos tudo? Sem questionamento?
Tem “alguém” por trás da “telinha”
Esse alguém a quem me refiro não são os técnicos, editores, pessoas de carne e osso como nós. Esse alguém não possui um corpo físico. Ele é o Inimigo das nossas almas, lembrando que a sua função neste mundo é matar, roubar e destruir. As estratégias de Satanás para destruir as famílias mudam de tempos em tempos, e especificamente nos tempos pós-modernos. Temos visto o mundanismo na mídia, principalmente na TV, ridicularizando a fé cristã e refletindo de forma negativa em algumas famílias. Quando a família não dá muita ênfase à TV, as crianças, por influência dos amigos, concluem que sua família é “estranha” por priorizar Jesus e a igreja, uma vez que as famílias exibidas nos programas televisivos não vivem como sua família.
As pessoas estão hipnotizadas diante da subjetividade das imagens; muitas não conseguem discernir as artimanhas de Satanás. Precisamos clamar por um avivamento de contrição e santificação (1 Pe 1.15,16; 1 Ts 5.23). Entretanto, se gastarmos nosso tempo diante da televisão, como vamos clamar a Deus? Sobrará tempo para a oração?
Nós somos responsáveis pela programação que as emissoras estão transmitindo. Canal de televisão é concessão. Como “luz” e “sal” dessa Terra, podemos e devemos trabalhar para termos uma mídia de qualidade. Lembre-se, o controle deve estar em nossas mãos. Não o terceirize. Não deixe que outros decidam que seus filhos vão assistir. Segundo Doris Sanford, no livro Criança Pergunta Cada Coisa..., os pais devem olhar no mínimo um episódio do programa antes de permitir que as crianças assistam. É preciso selecionar cuidadosamente a programação a que a família vai assistir. Uma pesquisa feita na Argentina mostrou que 95% das crianças conhecem toda a programação televisiva, mas apenas 5% dos pais sabem ao que seus filhos assistem. Muitos pais acreditam que seus filhos vão ter acesso a uma programação de qualidade só pelo fato de terem em casa canais de TV por assinatura. Esses canais não se preocupam com os conteúdos, não acompanham nem avaliam ao que seus filhos estão assistindo.
Riscos na infância
Na atualidade, a criança vem correndo vários riscos. O modo como uma nação trata as suas crianças diz muito sobre como será o seu futuro. Observe o que nos diz Solange Jobim e Souza:
[...] a criança contemporânea tem como destino flutuar erraticamente entre adultos que não sabem mais o que fazer com ela. Crianças passam assim a compartilhar entre si suas experiências mais frequentes, as quais se limitam, na maioria das vezes, ao contato com o outro televisivo, remoto, virtual e maquínico.
Como temos tratado nossas crianças? Como Igreja do Senhor, o que temos feito? Qual tem sido a nossa preocupação com a educação cristã?
A televisão está tão impregnada em nós que podemos vê-la até na Escola Dominical. Na Escola Dominical? Isso mesmo! Está presente na fala das “tias”, nas músicas que as crianças cantam, no modo como se vestem, nos gestos, nos brinquedos e nas brincadeiras. A televisão nos leva a consumir não somente mercadorias, mas também imagens, linguagem e modo de ser... A educação cristã não deve se restringir às salas de aula da ED, pois nossos alunos são indivíduos que são afetados por seu meio. A reflexão a respeito da exposição excessiva à televisão é relevante e fundamental para que possamos oferecer às crianças e jovens uma educação que lhes possibilite de fato dialogar com a mídia e com a nossa cultura. Para Gilka Girardello, coordenadora do Ateliê Aurora, é fundamental fazer com que as crianças e jovens compreendam que a televisão não é uma “janela para o mundo — como gostam de caracterizar os mais otimistas: Ela é um recorte muito bem produzido e montado da realidade — e não a realidade”.
Nossos alunos, não importam à idade, deveriam estar conscientes do que estão perdendo quando permanecem diante da televisão. Você está consciente das perdas? Elas são muitas. Observe a relação. Veja o que perdemos quando ficamos horas diante da TV:
• Ler um bom livro ou revista;
• Orar e ler a Bíblia;
• Ouvir uma boa música;
• Tocar um instrumento;
• Fazer uma caminhada ou andar de bicicleta;
• Brincar com os amigos;
• Participar de uma boa discussão teológica ou política;
• Visitar um amigo;
• Realizar algumas tarefas domésticas.
É hora de pegar o controle
É possível neutralizar os efeitos maléficos da televisão? Podemos ter o “controle” de volta? Vejamos algumas sugestões que podem nos ajudar a combater os perigos da “telinha”:
1. Procure dedicar mais momentos para estar com seus filhos. A sua companhia, com certeza, é melhor do que a das apresentadoras dos programas infantis. Qual o filho que não quer ficar perto dos pais?
2. Estabeleça um horário e confeccione um calendário com os dias, horas e programas que as crianças possam assistir.
3. Logo no início da semana, pegue o guia da TV e, em família, discuta os programas que podem ser vistos e estarão disponíveis.
4. Compre alguns adesivos e determine que cada adesivo valha uma hora de TV, mas para cada hora de televisão a criança deverá ler um capítulo de um livro.
5. Se a criança ficou uma hora assistindo à TV, depois ela deve brincar com os colegas ou sozinha.
6. Assista, pelo menos, a metade do programa que seu filho está assistindo, pois só assim terá condições de discutir com ele o comportamento dos personagens. Caso ache necessário, durante a exibição, faça algumas considerações. Você poderá dizer: “Esse personagem agiu dessa forma. Ele agiu de modo correto? O que a Palavra de Deus nos diz sobre isso?”
7. Faça perguntas sobre os programas. As crianças gostam de ser provocadas a opinar, a falar o que pensam.
8. Procure adquira alguns vídeos evangélicos para as crianças. Existem excelentes trabalhos no mercado.
9. Nunca use a televisão como forma de recompensar a criança. Por exemplo: “Você comeu tudo; agora pode ver TV”.
10. A televisão não deve ficar no quarto da criança ou adolescente e nem escondido em um lugar de difícil acesso, pois o controle fica mais difícil. Ela deve estar em um local onde todos possam ver, onde você esteja sempre de olho.
11. Peça que as crianças que façam uma lista de cinco coisas que gostariam de fazer ao invés de assistir à TV. Depois, discuta com elas o que poderia ser feito de imediato. A televisão vai ficando para depois, e acriança vai perceber que existem atividades mais divertidas.
A Palavra de Deus nos ensina: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus” (Ef 5.15,16).
Está na hora de desligarmos a tevê e investirmos em algo mais saudável. Como educadores, temos a responsabilidade de alertar nossos alunos e os pais sobre o poder sedutor da linguagem televisiva. Não podemos nos calar diante dos estragos que a exposição excessiva diante “telinha” vem produzindo.
Bibliografia
LINN, Susan. Crianças do consumo: infância roubada. São Paulo, Instituto Alana.
SOUZA, Solange Jobim e. Subjetividade em questão: a infância como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras.
PALMER, Michael. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro, CPAD.
COLSON, Charles & PEARCY, Nancy. E agora como viveremos? Rio de Janeiro, CPAD.
ASSIM, Regina de & TAVARES, Marcus. TV, sociedade e responsabilidade. Disponível em: www.multirio.rj.gov.br/riomidia/. Acesso em: 18 de fevereiro de 2009.
www.aurora.ufsc.br
www.midiativa.tv
Autora: Telma Bueno
Pedagoga, Jornalista e
Revisora do Setor de
Educação Cristã da CPAD.
ADOLESCENTES
Lição 04
Confronto HistóricoTexto bíblico: Gálatas 5.16-26
O FRUTO DO ESPÍRITO
Por Antônio Gilberto
Estudando bem as passagens que tratam do Espírito, a partir de Gálatas 5.22,23 e Efésios 5.9, nota-se que esse fruto é o caráter de Cristo manifesto no crente, relativamente. Esta é outra das verdades pentecostais. Quanto às qualidades desse “fruto”, conforme Gálatas 5.22, o grande evangelista Dwight Moody disse que amor é uma alusão a esse fruto completo, do Espírito; pleno, maduro. A seguir, vem o fruto descrito no mesmo versículo.
Gozo é o amor obedecendo a Deus. O gozo vem da nossa obediência prestada ao Senhor; já a alegria vem da expectativa nas coisas do Senhor, como o salmista declarou: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!” (Sl 122.1).
Paz é o amor em repouso. Tudo está bem diante de Deus, a partir da consciência.
Longanimidade é o amor sofrendo. O amor de Deus faz-nos pacientes no sofrimento.
Benignidade é o amor se compadecendo. É o amor motivando altruísmo.
Bondade é o amor servindo. É o amor em ação; atuando.
Fé é o amor confiando. Daí a fidelidade e a perseverança.
Mansidão é o amor suportando. É fortaleza para suportar o que for preciso.
Temperança é o amor controlando. É equilíbrio, moderação e autocontrole em tudo.
Esse “fruto” que o Espírito quer produzir no crente tem muito a ver com o testemunho de Cristo perante o mundo, mas um volumoso segmento dela tem seu testemunho fraco, a sua fé epidérmica e a sua espiritualidade superficial, devido ao predomínio do secularismo pernicioso nas igrejas. Daí o mundo é que dá seu “exemplo” a essas igrejas. Sem as obras da fé cristã diante do mundo, essa fé é morta diante de Deus.
TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA “Verdades Pentecostais” da CPAD.
PRE-ADOLESCENTES
Lição 04
A Igreja organizadaTexto Bíblico: 1 Coríntios 12.12,14-20
O corpo humano é um organismo vivo que tem vários membros. Cada membro é diferente; no entanto, cada um deles faz uma contribuição específica a todo corpo. Porém, a despeito de seus diferentes membros, o corpo contém uma vida comum que opera em cada um dos seus membros.
Os vários e diferentes membros formam um só corpo. O apóstolo Paulo conclui: assim é Cristo também. A unidade dos cristãos, como a unidade física do corpo, é vital. A mesma vida espiritual existe em todos os cristãos, e ela se origina da mesma fonte, suprindo-os com a mesma energia, e preparando-os para os mesmos hábitos e objetivos.
Texto extraído do: Comentário Bíblico Beacon, CPAD
Boa ideia!
Leve para a sala de aula, gravuras dos membros do corpo humano. Divida a classe em grupos e distribua as gravuras.
Depois peça aos alunos para falarem acerca daquele membro, sua importância e utilidade para o bom funcionamento do corpo humano.
Comente que cada parte do corpo é importante e tem uma função a desempenhar, da mesma maneira somos nós na igreja, cada um têm uma função a desempenhar e todos são importantes para o bom andamento da obra.
JUNIORES
Lição 04
Um por todos e todos por um
Texto Bíblico: Atos
O Espírito de Deus em Pedro viu o princípio da incredulidade que reinava no coração de Ananias. Qualquer que tenha sido a insinuação de Satanás, este não poderia ter enchido o coração de Ananias com esta maldade, se ele não houvesse consentido. A falsidade dele foi o intento de enganar o Espírito de Verdade, que falava e agia tão manifestamente por meio dos apóstolos. O delito de Ananias não foi reter parte do preço do terreno; poderia ter ficado com tudo se quisesse; seu delito foi tentar impor-se sobre os apóstolos com uma mentira espantosa unida à cobiça, com o desejo de ser visto. Se pensarmos que podemos enganar a Deus, fatalmente enganaremos a nossa própria alma. Como é triste ver as relações que deveriam estimular-se mutuamente às boas obras, endurecerem-se mutuamente no que é mau! Este castigo, na realidade foi uma misericórdia para muitas pessoas. Ele faria as pessoas examinarem a si mesmas rigorosamente, com oração e terror da hipocrisia, cobiça e vanglória, e a continuarem agindo assim. Impediria o aumento dos falsos crentes. Aprendamos com isto quão odiosa a falsidade é para o Deus da verdade, e não somente evitar a mentira direta, mas todas as vantagens obtidas com o uso de expressões duvidosas e de significado duplo em nosso falar.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, p.891
PRIMÁRIOS
Lição 04
Sirvo a um Deus que me dá amigosTexto Bíblico: Rute 1.1,1-16; 2.1-4
A lógica nos diz que Rute e Noemi não deveriam ser íntimas. Rute era jovem; Noemi velha. Rute era de Moabe; Noemi era de Israel.
Assim também haviam barreiras religiosas e linguísticas. Adicione o potencial costumeiro de atritos ente sogra e nora, e é maravilhoso que Rute e Noemi pudessem ser gentis, ainda mais íntimas.
O que capacitou essas mulheres a desenvolverem um relacionamento tão íntimo? Enquanto Noemi se preparava para deixar Moabe e retornar à sua pátria, Rute demonstrou forte compromisso com sua sogra. Sua declaração final é constrangedora: “Teu Deus [será] meu Deus”. Aparentemente, Noemi foi um instrumento para apresentar Rute ao único Deus verdadeiro! O testemunho de Noemi e seu caminhar com Deus tinham sido tão reais e vibrantes que Rute sentiu-se motivada a conhecê-lo e segui-lo – mesmo que isso significasse sair de Moabe.
Podemos encontrar sucesso semelhante nos relacionamentos se deixarmos o amor de Cristo fluir através de nós. Quando nossas vidas estão entregues a Deus, apresentamos o fruto do Espírito: amor,alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Essas são as qualidades que produzem relacionamentos incríveis – mesmo entre pessoas que têm pouco em comum.
Texto extraído do livro: 365 Lições de Vida Extraída de Personagens da Bíblia, CPAD, p.85
JARDIM DE INFÂNCIA
Lição 04
Não fique aborrecidoTexto Bíblico 1 Samuel 25.1-42
De professor para professor
Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança aprenda que a ira é um sentimento que não agrada a Deus.
• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.
• A palavra-chave da aula de hoje é “ABORRECIDO”. Então, durante o decorrer da aula, repita a frase: “Papai do céu não quer vê-lo fique aborrecido”.
Para refletir
• A ira se torna pecado sempre que deseja, ou está inclinada a prejudicar alguém. O pecado é de caráter pessoal e divisor, e, por sua natureza, rompe e quebra relações pessoais. Quando a ira tem esta intenção, ou quando resulta em divisão entre os irmãos é pecado. A Palavra de Deus nos adverte: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”, ou seja, é necessário manter essa ira sob rígido controle. A demora em subjugar os sentimentos dá lugar para Satanás semear atitudes erradas no espírito, e discórdia séria no corpo de Cristo. E Satanás é perito em se aproveitar dessas portas abertas!
• Regras Práticas para os Professores
Características da Criança do Jardim de Infância
Vamos apresentar, a cada semana, algumas características da criança do Jardim. Porém é bom ressaltar que tais características não podem ser vistas como uma descrição de qualquer criança. São, na verdade generalizações — coisas que normalmente encontramos em grupos de crianças, mas não necessariamente em todas as crianças do grupo.
Características Físicas
Em relação ao crescimento físico, esta faixa etária já alcançou uma época de muita autoconfiança. Sua coordenação motora e o desenvolvimento dos seus pequenos músculos já avançaram o suficiente para o manuseio de tesouras, pincéis, lápis, gizes de cera e bastões de cola — o material do dia-a-dia do jardim de infância. Já consegue manejar os fechos e os botões de sua roupa; embora ainda possa estar aprendendo a amarrar os sapatos.
É capaz de correr, pular e escalar. Provavelmente, em pouco tempo, aprenderá a dança e saltar obstáculos. Capacitada por suas habilidades, realiza seus propósitos para a sua satisfação pessoal. Se estiver seus erros e deficiências apontadas pelos adultos, se sentirá um fracasso. Caso contrário, crescerá confiante, adquirindo novas habilidades a cada dia.
Continua na próxima semana.
Como Ensinar Crianças do Jardim de Infância. Rio de Janeiro, CPAD.
• Sugestões de Atividade
Para reforçar o ensino da lição sugerimos que depois de contar a história bíblica você faça a seguinte atividade: Prenda, com fita adesiva, várias folhas de papel pardo na parede da classe. Providencie giz de cera ou lápis de cor. Peça às crianças que desenhem os personagens bíblicos da lição (Davi, Saul, Nabal e Abigail). Depois que elas tiverem concluído o desenho, recorte e jogue fora o rosto dos personagens. Você e sua auxiliar deverão segurar as folhas, uma de cada lado. Peça que as crianças fiquem posicionadas atrás da folha. O objetivo é que elas emprestem suas faces aos personagens. A criança que emprestou seu rosto ao personagem deverá, contar com suas palavras, a história dele.
MATERNAL
Lição 04
Louve a Deus porque Ele é bom!Texto Bíblico 2 Crônicas 5.7-14; 7.1-10
De professor para professor
Prezado professor, neste domingo as crianças terão a oportunidade singular de compreenderem o significado das palavras “AMOR E BONDADE”. O objetivo é que as crianças louvem a Deus por seu amor e bondade.
• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.
• As palavras-chave da aula de hoje são “amor e bondade”. Então, durante o decorrer da aula, repita a frase: “Vamos louvar ao Papai do céu por seu amor e bondade.”
Para refletir
• O salmista diz que o Senhor é bom, e que o seu amor dura para sempre, e que Ele é o maior professor de todos. Ele instrui os pecadores, ama a justiça e enche a terra com seu amor infalível. A sala de aula é a sua “terra”, e diariamente você pode enchê-la com amor, misericórdia e verdade. Quando ensinamos com a bondade e a paciência de Deus, Ele nos recompensa com a sua graça.
Trecho extraído e adaptado de: Graça Diária Para Professores. Rio de Janeiro, CPAD.
• Regras Práticas para os Professores
Como podemos ser eficientes em ensinar as crianças de um modo que agrade a Deus?
Vamos apresentar, a cada semana, um plano que pode auxiliá-lo a realizar esta tarefa. Vamos chamar este plano de “Ciclo Educacional Para Ensinar Crianças”. O ciclo educacional fornece orientações pelas quais um ministério de ensino eficaz pode ser planejado e programado.
Programa e Currículo
Como programar, planejar e ensina para atendermos as necessidades de nossos alunos?
Programar com base em nossa visão da criança satisfaz as necessidades dos alunos. A criança não é um adulto em miniatura, mas um indivíduo singular com características e necessidades especiais a cada faixa etária. Programar com base em como as crianças aprendem cumprirão as diretivas bíblicas mencionadas.
As Escrituras descrevem os dois focos como (1) evangelismo — alcançar as crianças, levá-las a um compromisso com Jesus Cristo como Salvador e Senhor — ; e (2) discipulado — levá-las a crescer na Palavra de Deus e equipá-la para compartilhar a fé.
A programação eficaz para as crianças inclui estas diretrizes:
(Continuação)
7. Ensino da sessão total. Do minuto em que a primeira criança entra na sala de aula até que a última saia, tudo o que for ensinado e experimentado deve apontar para os objetivos da lição da Palavra de Deus. A música, os trabalhos manuais, o versículo para memorizar, a história, as atividades e a conversa dirigida devem todos apontar para esses objetivos declarados da lição. Com crianças, em particular as mais pequenas, precisamos ensinar um conceito e ensiná-lo bem. Esta abordagem de conceito único capacita as crianças a assimilar uma verdade da Bíblia e aplicá-las em suas vidas durante a semana.
8. Grupos grandes e pequenos. O ministério com crianças normalmente tem falta de obreiros. Por conseguinte, as classes são grandes e o pessoal pedagógico pequeno. A relação de professor para alunos deve ser 1:5-6, até crianças de cinco anos, e 1:8-10 nas classes de crianças mais velhas. Grupos grandes são adequados para atuações bíblicas, momentos de adoração, brincadeiras, etc. Grupos pequenos são apropriados para contar histórias bíblicas, aprender atividades e desenvolver aqueles decisivos relacionamentos entre professor e aluno.
9. Lições divididas em unidades. Cada lição ensinada às crianças deve ser parte de um grupo maior de lições chamada unidade. Todas essas lições focalizam-se em um tema ou objetivo da Palavra de Deus. É importante que as lições sejam agrupadas em unidades, porque ensinam as crianças aprenderem melhor tendo um tema ensinado por muitos métodos diferentes.
10. O processo de ensino/aprendizagem. Entender como as crianças aprendem determina nosso ministério de ensino. Elas aprendem por experiências diretas, envolvimento ativo e descoberta pessoal. Nas 125 situações de ensino registradas no ministério de Jesus, em mais de dois terços das vezes o aluno fazia uma pergunta em resposta ao que Jesus fizera ou dissera. O Mestre em ensinar sabia que, se o propósito era ensinar, as palavras tinham de ir junto com as ações. Ele pedia aos alunos, aos discípulos e a outros para serem participantes ativos no processo de aprendizagem. Para Jesus, a aprendizagem era um processo de construção e não somente de transmissão.
Trecho extraído de Manual de Ensino Para o Educador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
• Atividade Manual
Para reforçar o ensino da lição, sugerimos a seguinte atividade: Desenhe, em uma folha de papel pardo, a silhueta de uma criança. Prenda, com fita adesiva a folha na parede. Peça para as crianças folhearem revistas para encontrarem gravuras de como Deus as tem abençoado com família, alimentos, brinquedos e amigos. Oriente as crianças para que recortem as gravuras e colem na silhueta. Durante a atividade diga que Deus é amoroso e bondoso, por isso, nos dá tantos presentes.
Desejamos que sua aula seja um sucesso e até a próxima semana se Deus assim permitir.