I- INTRODUÇÃO
Pode-se aprender muito com a oração de Salomão. Era bastante incomum que um rei se ajoelhasse perante outro, sobretudo diante de seus súditos, porque o ato significa submissão a uma autoridade superior.
Salomão demonstrou seu grande amor e respeito por Deus ao se ajoelhar diante dEle.
Essa atitude revelou que reconhecia Deus como Supremo Rei e Autoridade; isto encorajou o povo a fazer o mesmo. Quando Salomão dedicou ao Templo, que construiu para que Deus pudesse habitar no meio do seu povo, colocou diante de Deus petições referentes à muitas situações que preocupariam Israel no futuro: pecado, inimigos, perdão, seca, pestilência, guerra, cativeiro, e assim por diante.
Cada petição foi seguida por uma súplica para que Deus ouvisse e respondesse as orações de Israel. Quando Salomão terminou suas petições, Deus demonstrou de forma dramática a sua aprovação pelo templo e a sua aceitação da oração de Salomão. Desceu fogo do céu, consumindo os sacrifícios e as ofertas queimadas.
Então a glória do Senhor encheu o templo. Há lições aqui para nós, pois Deus agora habita em nossos corações como seu templo. Se o buscarmos, Ele estará conosco no mesmo momento. No instante em que colocamos as ofertas que selecionamos sobre o altar, o seu fogo santo desce.
E sempre que deixarmos espaço disponível para Deus, Ele vem e ocupa!
II – ASPECTOS POSITIVOS DA VIDA DE SALOMÃO:
• Primeiramente, Deus apareceu a este rei em sonhos; solicitou o pedido; Salomão pediu um coração compreensivo – I Rs 3:5, 9 - A resposta de Deus foi aprovadora: Concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais. Entretanto, uma condição foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares... e guardares... - I Rs 3:10-14.
• Salomão foi sucessor de Davi no trono de Israel com a idade de 20 anos, deixando enorme legado:
• (A) - Construiu a casa do Senhor – I Rs 3:1;
• (B) - Amou a Deus, andando como Davi, seu pai – I Rs 3:3;
• (C) - Ofereceu muitos sacrifícios ao Senhor – I Rs 3:4;
• (D) - Foi humilde em sua petição, pedindo um coração compreensivo – I Rs 3:9;
• (E) - Sua sabedoria foi a maior de todas, com grande discernimento judicial – I Rs 3:12, 16-28;
• (F) - Sua riqueza foi incontável – I Rs 3:13;
• (G) - Foi profundamente grato – I Rs 3:25;
• (H) - Organizou o reino – I Rs 4:7-19;
• (I) - Estabeleceu grande força armada – I Rs 4:24-28;
• (J) – Foi superior aos sábios – I Rs 4:29-31;
• (K) – Proferiu provérbios e discursos – I Rs 4:32-34;
• (L) - Desenvolveu grandes projetos de construções, destacando-se o Templo e a Casa da Floresta do Líbano (palácio de Salomão), que demorou 23 anos para serem edificados – I Rs caps. 5 e 6;
•(M) – Orou, dedicando o templo ao Senhor – I Rs 8:22-53.
III. A ORAÇÃO INTERCESÓRIA
1. No Antigo Testamento. Oração intercesória é a ação de orar por outras pessoas. O papel de mediador em oração era prevalente no Velho Testamento (Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Ezequias, Elias, Jeremias, Ezequiel e Daniel). Preocupado com Ló e sua família, Abraão intercedeu diante de Deus para Ele não destruir as cidades impenitentes. Deus respondeu à oração de Abraão, embora não como este esperava. Embora os ímpios perecessem, Deus não destruiu os justos com os ímpios.
2. No período interbíblico. Entre o final do Antigo e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período houveram eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Numa época de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt 2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na sua presença (Ap 21,22).
3. Em o Novo Testamento. No NT, Cristo é retratado como o intercessor supremo; e por causa disso toda oração Cristã se torna intercessão, já que é oferecida a Deus através de Jesus Cristo. Jesus acabou com a distância que existia entre nós e Deus quando Ele morreu na cruz. Ele foi o mais importante mediador (intercessor) que já existiu. Por causa disso podemos agora interceder em oração a favor de outros Cristãos, ou pelos perdidos, pedindo a Deus que lhes conceda arrependimento de acordo com Sua vontade. ‘Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’ (1Tm 2.5). ‘Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós’ (Rm 8.34).
A oração intercessória de Salomão pode ser comparada, em sua sensibilidade com a dos protagonistas nos períodos do Antigo Testamento, o interbíblico e Novo Testamento
CONCLUSÃO:
Salomão deu um sublime testemunho: “NEM UMA SÓ PALAVRA FALHOU DE TODAS AS SUAS BOAS PROMESSAS” – I Rs 8:56 cf Js 23:14
• Nós falhamos, mas Deus não; nós O abandonamos, mas Ele nunca nos repeliu; as montanhas podem retirar-se e os outeiros podem ser mudados, mas Ele não se alterará nem recuará em Sua eterna bondade.
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