LIÇÃO 8: A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO .
– INTRODUÇÃO:
• Jesus, o Filho de Deus, no fim e no maior grau do Seu ministério terrestre, na véspera de Seu próprio sacrifício, levantou os olhos e falava com Seu Pai. É um dos acontecimentos mais maravilhosos da Bíblia. Nesta oração o Senhor apresentou ao Pai a Sua obra completa e orou acerca dos acontecimentos futuros: A segurança e o destino glorioso dos Seus. Sua oração abrange a luta e as necessidades dos remidos na vida de hoje. JESUS, É O NOSSO INTERCESSOR!
I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI
• Relacionamento com Deus (Jo 17.2,3). Relacionamento é correspondência, trato amistoso, ou convivência, relações íntimas com alguém. Relacionamento com Deus quer dizer convivência com Ele. É trato diário com o Senhor, tornando-se familiar essa relação de amizade (Sl 25.14 e Nm 12.5-8). A vida consiste na comunhão com Deus ‘que nos criou para Ele mesmo, de modo que nossas almas não descansam até que descansem nEle’, como disse Agostinho. Conhecer a Deus, como freqüentemente nas Escrituras, significa mais do que uma percepção intelectual; envolve afeição e compromisso também. Ao colocar-se junto com o Pai como fonte de vida eterna, Cristo afirma a sua própria divindade. “Ó que todos os crentes tivessem como prioridade cada vez maior responder essa pergunta! Que eles se juntassem àqueles na história da igreja que se aprofundaram em seu relacionamento com Deus!
Meditação e prática da Palavra de Deus (Jo 17.6). “Habite , ricamente em vós a Palavra de Cristo”. (Cl 3.16). Como vimos, não é exagero ler demais a Palavra de Deus, mas sim uma necessidade. Ler a Bíblia, absorver a Bíblia, ingerir a Palavra é uma ordem de Deus para nós. Sem a Palavra não há relacionamento com Deus. Nela encontramos o próprio Deus, encontramos o nosso começo com Cristo, salvação. Com ela alimentamos o nosso relacionamento com Deus que deve ser forte e constante. Com ela haverá quebrantamento, regozijo e emoções sensibilizadas pelo Espírito Santo. A Palavra é instrumento de restauração, de libertação, de cura para nossa alma doente. É à base de tudo. Ela fortalece o espírito, conforta a nossa alma, fortalece a personalidade por dentro até Cristo fluir. A Palavra não pode ser apartada do tratamento interior que o Espírito Santo faz e quer fazer em cada crente e que dura à vida inteira. Ela é remédio para nossa alma marcada pelo pecado. Ela gera paz, poder, prosperidade, alegria saúde, força, vitória (Js 1.6-8, Pv 4.20-23). A ordem de Deus para Josué foi ser forte, corajoso para herdar a terra, mas apresentou o meio para essa conquista – fazer e não desviar da Palavra para que fosse bem sucedido. E continuou: Falar constantemente, Meditar e Fazer o que a Lei ordenava para fazer Prosperar o Seu Caminho. A nossa alma tem sede da Palavra, e ela deverá ocupar lugar central na vida da cada crente se quiser vitória. O grande problema de muitos crentes é desprezar a Palavra, se empobrecendo espiritualmente e até sendo ponto de interrogação quanto a sua vida cristã. Também o desvalor pela Palavra abre um espaço enorme para Satanás atacar, agir em nossa vida. Qual é a sua brecha? Tem fraquejado? Ler a Palavra devagar, meditando, examinando (João 5:39), extraindo o seu ensino, anotando, descobrindo verdades ocultas para você. Isso significa alimentar-se da Palavra de Deus, relacionar-se com Ele. Quer ter uma vida de vitória, ALIMENTE DA PALAVRA.
1. Perseverança (Jo 17.11,12). Todo cristão deseja ter a certeza da salvação, ou seja: a certeza de que, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp 1.23; 2Co 5.8). João ao escrever sua primeira epístola esclarece-nos que o povo de Deus pode ter esta certeza (1Jo 5.13); ele declara que seu propósito ao escrever esta epístola é prover ao povo de Deus o ensino bíblico sobre a certeza da salvação. Temos a certeza da vida eterna quando cremos “no nome do Filho de Deus” (5.13; cf. 4.15; 5.1, 5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação, sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que o confessa como o Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.
2. Alegria (Jo 17.13). O crente deve regozijar-se e fortalecer-se, meditando na graça do Senhor, sua presença e promessa. A alegria é parte integrante da nossa salvação em Cristo. É paz e prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2Co 13.14). Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem a alegria associada à salvação que Deus concede em Cristo (1Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) com a Palavra de Deus (Jr 15.16; cf. Sl 119.14). A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos transmite um profundo senso da presença e do contato com Deus em nossa vida (cf. Jo 14.15-21). Jesus ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17). A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
1. Santidade (Jo 17.17,19). Deus é santo, e as qualidades de Deus devem ser as qualidades do seu povo. A idéia principal de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a Deus, por amor, para o seu serviço e adoração. Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. É ficar perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a prioridade de Deus para os seus seguidores (Ef 4.21-24). A santidade foi o propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua salvação em Cristo (Ef 1.4). A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30). A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27). A santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10). Sem santidade, ninguém poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21). Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2). Sem santidade, ninguém verá o Senhor. Lv 11.44 apresenta as instruções no tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções continuam válidos hoje.
Unidade (Jo 17.21,22).
2. A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (v. 23); amor a Cristo (v. 26); separação do mundo (vv. 14-16); santificação na verdade (vv. 17-19); receber a verdade da Palavra e crer nela (vv. 6,8,17); obediência à Palavra (v. 6); e o desejo de levar a salvação aos perdidos (vv. 21,23). Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração. Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente[3] e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7).
3. Frutificação espiritual (Jo 17.18).
Quando uma pessoa crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer n’Ele. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são:
a. conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações;
b. cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça;
c. obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor e amar uns aos outros;
d. conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22). BEP, nota Jo 15.4
a. conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações;
b. cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça;
c. obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor e amar uns aos outros;
d. conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22). BEP, nota Jo 15.4
CONCLUSÃO:
Na oração sacerdotal de Jesus, Ele intercedeu ao Pai pela santidade, unidade e frutificação espiritual de sua Igreja.
Na oração sacerdotal o Senhor Jesus depois de haver orado pelos discípulos que já criam e caminhavam com Ele, orou também por todos aqueles que ainda haveriam de vir a crer n´Ele através da pregação da Palavra. Ele orou ao Pai rogando por nós, muitos anos antes de nascermos, e antes que viéssemos a abraçar a fé. Ele não rogou por todas as pessoas do mundo, como está escrito no verso 17:9, mas sim por todos aqueles que pelo Pai lhe foram dados (Jo 17.6 e 9); pelos que já criam, e pelos que ainda viriam a crer. Ele rogou por todos os que Ele de antemão conheceu na Sua Onisciência! Ele rogou por nós!
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