A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo Seja Contigo. Bem-vindo.

Com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, a bênçao de Deus e do Espírito Santo e Anuência do Reverendo Pastor Antônio Jorge Moreira, seja abençoado ao ler cada mensagem posta.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

INFORMATIVO MARÇO 2010

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS


JATIÚCA

Av. Dr. Júlio Marques Luz, 1.261
CEP: 57030-420 - MACEIÓ-AL

PROJETO AGEU

 Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa, e dela me agradarei; e eu serei glorificado, diz o Senhor.
(Ageu 1.8)

Pr. Antonio Jorge Moreira
e-mail: prantoniomoreira@hotmail.com
Telefones:
Gabinete: 3202-8199  Fax: 3202-8201  Secretaria: 3202-8197

EVENTOS DO MÊS DE MARÇO

Dia 01 - (Segunda-Feira)
Culto Administrativo – Farol
Dia 02 - (Terça Feira)
Culto de Santa Ceia – Farol
Dia 05 - (Sexta-Feira)
Culto de Santa Ceia – Local
Dia 06 e 07 - (Sábado e Domingo)
II Seminário da EBD
Dia 22 a 26 - (Segunda a Sexta)
Semana de Oração as 19:00h
Dia 28 - (Domingo)
Festividade das Senhoras
Dia 29 e 30 - (Segunda e Terça-Feira)
Festividade do Círculo de Oração DEUS É FIEL

ESCALA DE CULTO E ÓRGÃOS

Dia 03
Quarta Feira (Culto de Senhores)
Cidadãos do Céu e Guerreiros da Fé

Dia 05
Sexta Feira (Culto de Santa Ceia)
Cidadãos do Céu e Embaixadoras de Cristo

Dia 07
Domingo (Culto de Mocidade)
Embaixadores do Rei e Novo Florescer
           
Dia 10
Quarta Feira (Culto de Crianças)
Cântico de Davi e Convidado

Dia 12
Sexta Feira (Culto Doutrinário)
Embaixadoras de Cristo e Renascer

Dia 14
Domingo (Culto de Missões)
Coral Lírios do Vale e Embaixadores do Rei
           
Dia 17
Quarta Feira (Culto de Novos Crentes)
Renascer e Embaixadoras de Cristo

Dia 20
Sábado (Culto Doutrinário)
Embaixadores do Rei e Guerreiros da Fé

Dia 21
Domingo (Culto de Adolescentes)
Novo Florescer e Renascer
           
Dia 24
Quarta Feira (3° dia de oração)
Departamento escalado

Dia 27
Sábado (Culto Doutrinário)
Cidadãos do Céu e Guerreiros da Fé

Dia 28
Domingo (Festividade de Senhoras)
Embaixadoras de Cristo e Convidados

Dia 29
Segunda Feira (Festa do Círculo de Oração)
Departamentos Convidados

Dia 31
Quarta Feira (Culto da Campanha)
Guerreiros da Fé e Cidadãos do Céu


SUBCONGREGAÇÕES

Cultos: segunda-feiraquinta-feira e domingo nas seguintes localidades:

1. Rua São José , 180, Jatiúca

2. Av. Brasil, 1.610, Poço

3. Rua Pretestato F. Machado, 1.143, Jatiúca

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

II SEMINÁRIO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES DE EBD NA JATIÚCA

Realizar-se-á nos dias 06 e 07 o II Seminário de aper-feiçoamento de professores de EBD no templo sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Jatiúca.

As aulas serão ministradas pelos professores Bruno, Silvano e Eliane, todos da Facul-dade de Filosofia e Teologia de Ala-goas – FAFITEAL.

Inscrição no valor de R$ 5,00.

Maiores informações no ato da inscrição ou no telefone 82 93020717.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

LIÇÃO 9 - PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE

GENEROSIDADE: PRESENTE NOS NOSSOS DIAS?

A essência do Cristianismo é a generosidade, pois quando Cristo se doou e se entregou pela humanidade, entregou tudo o que tinha para salvar a todos os carentes de graça, de misericórdia e de perdão. Observa-se isso em Fp 2. 2-8; Jo 3.16.

Quando os cristãos se negam em ajudar os outros, percebe-se a priori, que o Senhor não está neles, pois, como alguém pode ser seguidor de um Senhor, que entregou tudo o que lhe era precioso por outrem, não imitando o seu exemplo ou seu modo de repartir as coisas?

Mas o que é generosidade? Segundo o Dicionário Houaiss, generosidade é a "virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem". Esta acepção encaixa-se perfeitamente no que Paulo afirmou acerca do Filho de Deus, dizendo que Ele sendo rico, por amor de vós se fez pobre, conforme 2 Cor 8.9.

Quando a igreja ignora a prática da generosidade, fica fadada ao egoísmo e se insere no contexto brutal do capitalismo selvagem em que a sociedade está mergulhada, causando desigualdade social, fome, consumo exacerbado e compulsivo de bens sem a devida necessidade.

Qual é a verdadeira religião? Tg 1.27 responde de forma categórica dizendo que é praticar a assistência social, ou seja, suprir as necessidades daqueles que precisam. Não adianta estar todos os dias no templo louvando, fazendo parte de  um grupo musical ou sendo membro de uma denominação, se a essência do cristianismo, não permanece em nós.

Paulo incentiva os irmãos de Corinto a praticarem a generosidade 2 Cor 9.1,2,6,7. Por quê? Simples, a verdadeira fé não consiste apenas em palavras, pois a fé sem as obras é morta, Tg 2.14-18. Posso pregar cantar, testemunhar, mas se não pratico a caridade, como posso ser discípulo de Cristo? Nós devemos amar aos irmãos, conforme ele nos amou: I Jo 2.16-18. 

Infelizmente nos nossos dias a prática da generosidade solicitada por Paulo se encontra escondida nos lugares mais ocultos da natureza humana pecaminosa, haja vista as campanhas para as festas x ou y. Há campanhas para realização de eventos, cujos objetivos são as exposições das supostas qualidades de seus idealizadores. Querem apenas massagear o ego e divulgar talentos para terem oportunidades de se autopromoverem. Campanha para ajudar aos necessitados não tem retorno midiático, pois os carentes não estão em eminência. Porém Paulo expõe que o retorno vem de Deus: 2 Cor 8,9.Praticas a generosidade por amor a Cristo ou tens a caridade como algo relativo? Sois praticantes do evangelho da graça ou te falta graça para praticar o amor ao próximo? Lembra-te do Tribunal de Cristo.

                                                                                                                                         Pb Almir Barbosa

LIÇÃO 8 - EXORTAÇÃO À SANTIDADE

A Lição 8, do 1º trimestre de 2010, tratará sobre o tema "Exortação à Santificação". Temos aqui uma boa oportunidade para entender biblicamente este assunto tão importante para a igreja.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO

-Compreender a doutrina da santificação na perspectiva bíblica.
-Conscientizar-se da necessidade de buscar a santificação .
-Entender que a santificação precisar ser concebida integralmente.

2. CONTEÚDO

Texto Bíblico: 2 Co 6.14-18; 7.1,8-10


O QUE É SANTIFICAÇÃO?

O termo santificação, do grego hagiasmos, "é usado para aludir a: (a) a separação para Deus (1 Co 1.30; 2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2); (b) o curso de vida adequado aos que assim são separados (1 Ts 4.3, 4, 7; Rm 6.19, 22; 1 Tm 2.15; Hb 12.14). 'A santificação é a relação com Deus na qual os homens entram pela fé em Cristo (At 26.18; 1 Co 6.11), e à qual o seu direito exclusivo é a morte de Cristo (Ef 5.25, 26; Cl 1.22; Hb 10.10, 29; 13.12). A santificação também é usada no Novo Testamento para se referir à separação do crente das coisas e maneiras más. Esta santificação é a vontade de Deus para o crente (1 Ts 4.3), e o Seu propósito em chamá-lo pelo Evangelho (1 Ts 4.7); tem de ser aprendida da parte de Deus (1 Ts 4.4), conforme Ele a ensina pela Palavra (Jo 17.17, 19; cf. Sl 17.4; Sl 119.9), e deve ser procurada pelo crente, ávida e constantemente (1 Tm 2.15; Hb 12.14). Quanto ao caráter santo, hagiosune (1 Ts 3.13), não é vicário, ou seja, a santificação não pode ser transferida ou imputada, trata-se de possessão individual, construída, pouco a pouco, em resultado de obedecer a Palavra de Deus e de seguir o exemplo de Cristo (Mt 11.29; Jo 13.15; Ef 4.20; Fp 2.5), no poder do Espírito Santo (Rm 8.13; Ef 3.16)." (DICIONÁRIO VINE, 2003, p. 969, CPAD).


SANTIFICAÇÃO E ATITUDE EXTERIOR

Ao contrário do que muitos falam, a santificação não é algo apenas de caráter interior. O cristão deve manifestar uma vida santa em toda a sua maneira de viver:

"Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo." (1 Pe 1.14-16, ARA)

Vestir, falar, olhar, tratar, conversar, trabalhar, estudar, passear, sorrir, cantar, negociar, navegar (na internet), blogar, namorar e casar são alguns dos vários aspectos da nossa vida que precisam ser regidos pela Palavra de Deus, para que em tudo procuremos viver diante Dele em santidade.

SANTIFICAÇÃO E ATITUDE INTERIOR

Os escribas e fariseus, apesar da boa intenção, do zelo e da sinceridade de muitos deles, erraram quando deram muitas ênfase aos aspectos exteriores da santificação, negligenciado as motivações, as intenções e outros elementos da vida interior:

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade." (Mt 23.25-28)

O texto acima nos revela que a santificação interior deve preceder a exterior, mas, esta última não pode ser negligenciada, além de ser um aspecto visível, natural e concreto da primeira.

SANTIFICAÇÃO INTEGRAL

A busca e manutenção de uma santificação integral é exortada em 1 Ts 5.23:

"O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo."

Perceba que na santificação há opração divina (o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo) e humana (tornai-vos santos vós mesmos).


AS CONTRADIÇÕES DA SANTIFICAÇÃO

É exatamente pelo fato de negligenciar o aspecto exterior e interior da santificação, que muitos acabam assumindo uma postura e um discurso contraditório. Dessa forma:

- Vestem-se como santos, mas pensam como ímpios;
- Falam e pregam como santos, mas são incapazes de perdoar ou de buscar a reconciliação com os seus ofensores;
- Oram como santos, mas, na mesma proporção falam da vida alheia com fofocas infundadas;
- Cantam como santos, mas são insubmissos aos pastores e líderes;
- Reunem-se como santos, mas são facciosos e contenciosos.

Essa lista poderia ser maior, mas deixo para você em sua aula aumentá-la.

O cristão que vivencia essas contradições deve procurar mudar de atitude, mediante a "tristeza segundo Deus", que irá gerar arrpendimento para a salvação (2 Co 7.10).

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Eis aqui mais uma boa oportunidade para uma aula bastante participativa. Inicie perguntando para classe o que ele acham que é "santificação". Se tiver um quadro, um álbum seriado ou qualquer outro recurso de escrita disponível, faça uma lista das respostas dadas. Em seguida, numa aula bastante dialógica, organize as idéias dos alunos e acrescente novos saberes. Lembre-se que o objetivo maior da aula é fazer com que os novos "saberes" se transformem em "fazeres", ou seja, transformar conhecimento em atitude prática, em vida cristã autêntica.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Dicionário VINE, CPAD.

MEA CULPA

Amados, esta semana não tivemos tempo de discorre sobre a lição 8, pois o Almir estava se preparando para uma cruzada evangelística que resultou em cinco almas e eu ainda estou escrevendo algo que já consumiu uns quinze dias das minhas férias.

Reconhecemos nossa culpa e pedimos perdão.

Todavia, para não ficar uma lacuna no comentário, transcreveremos o do Pr. Altair Germano e para compensar o atraso anterior já publicaremos a Lição de nº 9.

Bons estudos!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

AD DOS EUA LEVA PARA O HAITI SOCORRO E QUANTIA ATINGE 7,5 MILHÕES DÓLARES

Secretário Executivo de Missões da AD dos EUA 
Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Em um ato de compaixão, as igrejas Assembleias de Deus, ministros e irmãos contribuíram com 7,5 milhões de dólares para o socorro e recuperação do Haiti.
"Mais uma vez, nós testemunhamos a generosidade do povo das Assembleias de Deus", disse George O. Wood, superintendente geral das Assembleias de Deus. "Estamos comprometidos em maximizar cada dólar para atender tanto as necessidades físicas e espirituais na medida do possível."
Até a presente data, Assembleia de Deus Missões Mundiais, o Combóio da Esperança e de ministérios parceiros forneceram 3,5 milhões de refeições e começaram a distribuir 40.000 kits de higiene. Um adicional de 2.000 unidades de purificação de água estão sendo instalados, juntamente com 3 unidades maiores, que produzem 15.000 litros de água potável a cada dia. Um adicional de 47 contêineres de comida e suprimentos estão na esteira de entrega.
Planos a longo prazo incluir reparação e reconstrução de igrejas e escolas, o lançamento de iniciativas de desenvolvimento agrícola e o aumento do número de crianças alimentadas a cada dia nas escolas cristãs e orfanatos.
Jonh Bueno, diretor executivo das Missões Mundiais disse: "Como em tantas outras crises a que participamos, as nossas igrejas reagiram rapidamente e com incrível generosidade, permitindo Assembleia de Deus Missões Mundiais e o Combóio da Esperança ministrar eficazmente àqueles que sofreram tanto no Haiti. Essa resposta generosa nos deu a capacidade não só para oferecer alívio, mas também avançar o reino de nosso Senhor".

Notícia disponível em inglês em: http://ag.org/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A VERDADEIRA REFORMA

Estamos ouvindo com o passar do tempo, que a igreja cristã evangélica está precisando de uma séria reforma, alguns dizem, que as pregações não são mais doutrinárias ou impactantes como antigamente. Mas nós sabemos que a palavra de Deus não muda e nunca mudará, então porque a nossa igreja precisa de uma reforma?

O grande problema é que, estamos acostumados a olhar para os lados e para os outros e esquecemos de olhar para nós mesmos, o nosso interior, nossa essência, nossos pensamentos, que por muitas vezes não agradam a Deus.

O que está acontecendo na verdade, é que a mudança está acontecendo em nós, o comodismo já entrou de maneira assustadora nas igrejas, que por sua vez, foram feitas para honra, glória e adoração ao nome de Jesus, e não para desfiles de moda, fofoca, desonra, falsidade, ignorância e falta de amor entre os irmãos.

Assim eu pergunto, o defeito está na igreja que Jesus veio instituir na terra para a glória de Deus ou o defeito está em nós, que somos carne, falhos e vulneráveis as aberrações e mudanças deste mundo?

Tendo base nisto, eu respondo que quem precisa de uma mudança e reforma, aliás, grande reforma, somos nós os membros da igreja de Jesus Cristo, levamos o nome de membro pois fazemos parte do corpo de Cristo, e isso é o maior dos privilégios, precisamos orar mais, sacrificar mais de nosso tempo para Deus, devemos valorizar cada instante da presença do Espírito Santo em nossas vidas, respeitá-lo em nossas ações, precisamos nos encher mais do conhecimento na palavra de Deus e jogar fora o comodismo, precisamos ainda aprender mais com o exemplo de Jesus, que foi correto, humilde, puro de coração, prestativo e amoroso, pois distribuiu o seu amor para todos os que o clamaram, sem pedir nada além da Fé.

Então porque estamos fazendo isto com a igreja? Estamos deixando de carregar a nossa cruz, para colocá-la nas costas dos outros, em vez de ajudar a carregar a cruz do próximo. Até quando isso vai durar?
Até reconhecermos a vergonha do nosso próprio passado, colocarmos nosso rosto no pó, nos humilharmos, procurarmos nos encher mais do Espírito Santo, deixar que Deus reja por completo nossa vida e que o exemplo de Jesus continue vivo, dentro de nós, só então estaremos ligados diretamente com Deus.

Enfatizo dizendo que para aquele que quer ter uma relação de Pai e filho com Deus e para igreja do século XXI a palavra chave é SACRIFÍCIO. Nós membros do corpo de Jesus, precisamos fazer uma reforma em nosso interior, pode até ser difícil, mas não é impossível, a bíblia diz que foi Deus quem nos escolheu e não nós a Ele, então há uma diferença em você, mas você ainda não descobriu, Jesus é a tua rocha, meu amigo.

A palavra de Deus é como uma espada de dois gumes, que produz eficácia tanto em quem prega como em quem ouve, escrevo isto para irmãos, pastores, pregadores, ministros de louvor, diáconos, presbíteros, obreiros, professores da Escola Bíblica, em fim, qualquer que tenha ligação com a igreja cristã evangélica em todo o mundo, escrevo isto para que haja um despertamento e que o comodismo tenha fim.

O que acontece hoje, é que muitos escutam, mas poucos são os que dão o real valor, estamos vivendo os últimos dias da igreja nesta terra, Jesus está voltando, não faltam sinais para isto, terremotos arrasando países, guerras sem fim, famílias destruídas pelos vícios e todo tipo de imundícies que entram nos lares. Temos que resgatar estas famílias, temos que reestruturar a nossa família, não podemos deixar e esperar que a próxima geração faça aquilo que é nosso dever fazer.

Desperta igreja, para o evangelismo e para a volta de Jesus! Creio que não sou eu quem vos falo, mas o Espírito Santo em meu coração. Por isso não devemos esperar, o momento é hoje, o momento é agora.
Que a paz do Senhor possa reinar em sua vida.

Adelmo Cândido
É professor de EBD na AD Jatiúca.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

7 CARACTERÍSTICAS DA NOVA LIDERANÇA NEOPENTECOSTAL[i]

Ao longo dessas quase cinco décadas de ministério pastoral comecei a observar a tendência da igreja brasileira e os rumos que tomou. Depois que li uma pequena nota de Renato Vargens no blog http://www.pulpitocristao.com achei que poderia contribuir acrescentando 7 características da nova liderança pentecostal. Com o surgimento dos movimentos pentecostais novos, comumente chamados de neopentecostais, algumas características se tornam evidentes na liderança dessa parcela eclesiástica.

Contrariamente às recomendações de Pedro aos líderes da igreja de que o líder deve ser (1) testemunha (mártir) dos sofrimentos de Cristo; (2) de que não deve exercer o pastoreamento por constrangimento, isto é, obrigado a pastorear como se a igreja dependesse dele; (3) de que não deve andar de olho no dinheiro alheio (sórdida ganância) e (4) de que não deve ser dominador do povo, ou do rebanho porque este é de Deus, muitos dos atuais líderes da igreja, especialmente os que ostentam o título de apóstolos agem no sentido oposto. Procure ler o texto de 1 Pedro 5.1-4.
A seguir colhi sete características dessa liderança atual – que não é apenas da liderança neopentecostal, mas também de muitos líderes de igrejas pentecostais históricas.
1 Autoritarismo
 Tais líderes advogam a si o direito de ter a palavra final em questões doutrinárias e de práticas cristãs. Creem que podem criar novos padrões de ensinamento e neles atrelar a congregação. Era assim também no passado quando pastores de denominações pentecostais decidiam o que o povo devia usar, o que pensar e em como viver. Felizmente algumas denominações amadureceram e abandonaram tais práticas que vêm sendo adotadas com grande ardor pelos novos líderes pentecostais. As pessoas são orientadas a viverem conforme o pensamento do líder e de maneira a agradá-lo. A “doutrina” ou ensinamento apostólico foi por eles aperfeiçoado, porque tirou do povo o direito à vida e de decidir o que fazer e de como viver. 
2 Dominadores do rebanho
Hoje os apóstolos, bispos, presbíteros e pastores – não importa o título que ostentem – decidem se os membros devem celebrar o Natal, os alimentos que devem comer, as festas que podem participar, os DVDs que devem assistir e quais igrejas ou congregações podem visitar.
Tal autoritarismo não é próprio apenas de igrejas neopentecostais, mas também de alguns que se dizem “igreja” sem nome; comunidades cristãs, etc. que mantêm sob regras rígidas o comportamento e o estilo de vida de seus membros, ou discípulos. É possível ver este autoritarismo em várias denominações também. Nunca ouse pensar ou agir de maneira que contrarie seu líder! O líder é o novo paradigma ou modelo de fé a ser seguido, e não os modelos da Bíblia.
3 Ganância financeira e luxúria
A ostentação de riqueza, o ganho fácil e a confortável vida movida a aviões particular, helicópteros e festas não é própria apenas dos neopentecostais, mas também de outros segmentos da igreja – uma dessas igrejas, até bem tradicional, em que seu líder se locomove para a casa da montanha de helicóptero, enquanto exige que seus membros nem televisão possuam!
Enquanto milhares de obreiros residem em casas modestas no meio de sua comunidade, ao nível do povo que pastoreiam, vivendo na simplicidade, buscando o mínimo de conforto, outros se afastam do meio do rebanho e passam a viver em condomínios inacessíveis ao povo. Sua congregação não tem acesso a casa deles – diferentemente de quando nossa casa estava aberta aos irmãos. Essa é a nova cara da liderança eclesiástica da igreja brasileira.
4 Usam o púlpito como arma de ataque
Por trás do carisma que lhes é peculiar tais ministros fazem o que querem com o povo; se justificam, demonstram humildade e santidade e aproveitam para atacar sutilmente os que lhe desobedecem as ordens. Frases como “aconteceu tal coisa porque não ouviu o homem de Deus” é comum ouvir de seus lábios. É a justificação de uma aparente santidade. As pessoas precisam vê-los como homens de Deus, líderes espirituais íntegros; no púlpito diante de seu povo riem, choram, profetizam, pulam, gesticulam e pregam mensagens de prosperidade. Assim, conseguem encobrir do rebanho suas verdadeiras intenções, para que este não se interesse em saber como é a vida deles no dia a dia de sua vida particular.
E grande parte dos crentes defende o estilo de vida de seus líderes, e se dobra perante eles como faziam os escravos diante de seus senhores.
5 A sacerdotização do ministério
Alguns desses novos líderes criaram a nova casta de “levitas” que são os que cuidam do louvor da igreja, mas criaram também a “família sacerdotal” que é composta do líder e de seus familiares, num atentado grotesco ao verdadeiro sacerdócio de Jesus Cristo. Muitos, ainda que reneguem publicamente tal conceito, ostentam-no no ensino aos seus líderes, isto é, estes são orientados a considerá-los sacerdotes de Cristo a serviço do povo. “Nós somos sacerdotes” de Deus para cuidar do rebanho, dizem, quando biblicamente toda a igreja é povo sacerdotal!
6 O reino deles é deste mundo
A nova liderança dos neopentecostais tem outro foco que não é o reino de Deus futuro, mas o reino deles, agora. Eles têm prazer nas coisas do mundo. Seu império particular e o império de sua denominação ou de suas comunidades constituem o reino deles na terra. Enquanto todos os demais trabalham para a vinda do reino, esses novos líderes creem que estão no reino, e que já são príncipes de Cristo aqui na terra. E para viver como príncipes, formam seu séquito de seguidores que os servem humildemente. Enquanto Jesus apontava para a chegada iminente do reino de Deus, a nova liderança da igreja crê que vive o reino, aqui e agora!
Por isso intrometem-se na política, pensando que por ela governarão na terra e trarão o governo de Cristo aos homens. E, da mesma forma que entram na política e buscam para si títulos políticos, se prostituem com o sistema e podem ser vistos agradecendo a Deus pelas graças recebidas, como no caso dos deputados evangélicos neopentecostais do Distrito Federal. Estes são a pontinha do iceberg, porque existem milhares de pastores vendidos ao mundo e que recebem polpudas somas de dinheiro para transformar sua congregação em curral eleitoral.
7 Acreditam que o juízo dos crentes não é para eles; porque estão acima dos demais
Por isso, perderam o temor de Deus e nem imaginam o que lhes espera no dia do juízo de Cristo, quando todos haveremos de prestar contas. Quando se perde o temor de Deus leva-se uma vida desenfreada de pecado, escondida sob o manto da espiritualidade e da vida piedosa.
 Criticam a Balaão mas vivem como ele, profetizando em nome de Deus, mas de olho nos bens de Balaque – porque são insaciáveis financeiramente. São estes os novos líderes que à semelhança de Coré, Datã e Abirão defendem seu sacerdócio e proclamam que também “têm direitos espirituais”, como nos dias de Moisés. À semelhança de Caim pecam voluntaria e conscientemente, esquecendo que já receberam na testa o sinal de Deus que os manterá sob juízo e condenação.
À luz dessas sete características é possível identificar o tipo de igreja que se frequenta, o tipo de líder que se obedece e decidir se deve seguir o caminho do discipulado cristão ou se fará parte do novo reino dos deuses da terra.
Pense nisso, e me escreva a respeito.

Pr. João A. de Souza Filho

Amamos esse texto, além de está relacionado com a lição “Paulo, modelo de líder servidor” é bastante atual. O Autor do texto é escritor e pastor em Rio Grande do Sul.


[i] Disponível em: http://www.pastorjoao.com.br/pastoreamento/7caracteristicasdanovaliderancaneopen tecostal.htm. Acesso em: 17 fev. 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

LIÇÕES BÍBLICAS MESTRE DIGITAL

Amados irmãos, aproveitem para baixar gratuitamente no link na coluna à direita as Lições Bíblicas de Mestre Digital da Escola Dominical, pois o recado já foi dado pela própria CPAD:


"Neste trimestre ainda estamos fornecendo gratuitamente para sua avaliação. Em breve, estará disponível somente para assinantes".

Portanto, corra e garanta seu exemplar! 

A ARMADURA É DE SAUL; A FUNDA É DE DAVI; A PEDRA É CRISTO!

Confesso que fiquei pasmo, estarrecido, estupefato e não menos triste, quando vi em plena televisão, no programa Movimento Pentecostal, pela Rede TV (dia 12), o diretor da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Ronaldo Rodrigues de Souza, batizando uma pessoa em águas, em igreja no Rio.

Ocorre que Ronaldo nunca fora consagrado a qualquer função ministerial por não ter recebido o batismo no Espírito Santo. Na doutrina pentecostal, em especial assembleiana, todo e qualquer obreiro para ser levado tanto ao ministério quanto ao oficialato da igreja, necessita, primeiramente, passar pela confirmação do Senhor, que se dá pelo batismo no Espírito Santo.

O batismo é uma ordenança conforme doutrina cristã

Desde os diáconos a Bíblia estabelece a escolha de irmãos ‘cheios do Espírito Santo’. “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos… E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio… E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estevão, homem cheio do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia; e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé”, At 6.1-7 e ainda: “fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação de seu poder”, Ef 3.7

“Não removas os limites antigos”

Sob o título A doutrina dos batismos, um dos pioneiros assembleianos Antonio Torres Galvão, escreve no Mensageiro da Paz (1a quinzena de janeiro de 1937, pág. 5) e ensina que “O batismo com o Espírito Santo e fogo (Mt 3.11, Mc 1.8, Lc 3.16 e Jo 1.33)… também chamado ‘o poder do alto’ (Lc 24.49) ‘a promessa do Pai’ (At 1.4), ‘o dom do Espírito Santo’ (At 2.38), ‘o dom de Deus’ (At 8.20) e ‘o selo da promessa’ (Ef 1.13), implica preparo para trabalho, correspondendo à unção com azeite, mencionada no Velho Testamento e ministrada aos que eram chamados ao ministério do Senhor”.

“O batismo com o Espírito Santo é ainda uma prova da ressurreição e glorificação do Senhor Jesus Cristo. Por isso é administrado pelo próprio Filho de Deus. As condições para se receber este batismo, encontramos nos capítulos 14, 15-16 do Evangelho segundo João (…) “…apesar de pertencer à esfera terrestre do Reino de Deus é, todavia, de caráter espiritual, visto que é administrado pelo próprio Senhor Jesus Cristo. O quarto faz parte da nossa disciplina e experiência, a fim de que sejamos aptos para toda a boa obra (2Tm 3.17)”.

Nunca se teve notícia, nem na história bíblica e muito menos na da assembleiana de um membro da igreja batizar outro. Será que os padrões assembleianos serão desprezados? Que o legado deixado por nossos pioneiros será jogado às traças? Isso é um verdadeiro absurdo e por isso não pude deixar de expressar-me, pois trata de ataque à base doutrinária e, sem ela, seríamos reduzidos ao Movimento G-12. Desde o princípio, a partir da escolha dos apóstolos, está patente o selo do Espírito: “…veio sobre eles o Espírito Santo e falavam em línguas…” (At 19.6) e ainda sobre a direção da escolha: “… pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” (At 15.28).

Relapso

A quebra de paradigmas que representam o vigor da doutrina cristã reflete o relaxamento da nossa identidade e a perda de representação e respeito adquiridos ao longo desses 100 anos. A Assembleia de Deus no Brasil sempre recebeu o respeito pela representatividade, que ocorre pela preservação e proximidade da doutrina genuinamente cristã.

Sabedor das diretrizes doutrinárias bíblicas, Ronaldo fez questão de inserir sua imagem batizando uma pessoa em águas, uma vez que a palavra final de cada edição do programa (revisão final e aprovação de imagens) é dada por ele. A Bíblia é clara quanto ao desejo humano de possuir o espiritual à revelia: “O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu” (Jo 3.27).

É o mesmo vento que aprova participação da Ceia do Senhor de pessoas não batizadas, de igrejas tidas como cristã, incluindo o catolicismo romano etc. Também de descaracterização do batismo nas águas, aceitando o pedobatismo e o de aspersão, dentre outras formas teológicas liberais. A Bíblia chama a atenção dessas tendências humanas: “e a unção, que vos recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nela permaneceis”, 1Jo2.27.

É a expressão do verdadeiro desprezo, tratamento com desdém das coisas sagradas. No memorial da Ceia do Senhor a Bíblia trata dos que não distinguem o corpo do Senhor, por não fazerem separação entre o sagrado e o comum, ordinário. O apóstolo Paulo ainda chama a atenção para a observação das ‘diretrizes básicas’ cristãs.

Inovação e novos modelos

Pastor Esequias Soares ensina que “Os fundadores de seitas costumam usar supostas revelações para enganar o povo”, como o G-12, justamente por estabelecer fundamentos em pensamentos humanos e não na Palavra de Deus. Somente a Bíblia é a fonte de autoridade na fé cristã (Is 8.20). Na filosofia da Igreja em Células “todos os crentes têm a unção e a capacidade para o ministério pastoral, assim, todos os crentes são pastores”, a partir de “princípios subjetivos”.

Esequias cita Valnice, notadamente “contra o atual sistema de governo da igreja, dizendo: ‘O modelo tradicional de igreja, centralizado em um pastor, um prédio e programas, já teve 17 séculos de atuação e deixou metade do mundo não evangelizado’. Mais adiante acrescenta’: ‘No modelo de Bogotá toda a estrutura visa, de fato, fazer de cada discípulo um ministro, um líder… (Valnice Milhomens, Op. ci., pp. 40-43).’”

Pastor Geremias Couto, ao falar de “possíveis distorções”, diz das chamadas “Igrejas Amigáveis (água com açúcar)”, com a ideia de que “a igreja precisa estar aberta ao novo, mas nem tudo que é novo é bom. Nem toda novidade tem legitimidade. É necessário pensar”, e sentencia: “Não é preciso mudar o modelo assembleiano, que tem funcionado no decorrer do tempo. Davi não sabia usar a armadura de Saul, mas sabia perfeitamente usar a funda, com eficiência que ia além da capacidade ou condições de vencer batalha que a armadura oferecia a Saul”.

“Ninguém toma para si essa honra, senão aquele que é chamado”.

por Pr. Antônio Mesquita (fronteirafinal.wordpress.com)

Amados, reproduzimos na íntegra o artigo acima do escritor citado que além de escritor da CPAD é irmão do nosso co-pastor aqui na AD em Maceió e Secretário de Missões Pr. Paulo Mesquita.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

LIÇÃO 7 - PAULO, UM MODELO DE LÍDER SERVIDOR


                                    E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão (2 Co 6.1)

Conta-nos Alexandre Coelho, que um grupo de elite de um exército recebeu a tarefa de destruir um alvo inimigo. Entretanto, não havia muito tempo. O grupo teve poucas horas para estudar toda a estratégia necessária, sem poder treinar os movimentos que seriam colocados em prática durante a operação. Mesmo assim, todos os membros daquela missão arriscaram suas vidas e obtiveram vitórias. Dado o êxito alcançado, a equipe passou a treinar com alvos fictícios para novas investidas, se necessárias.

Com tempo suficiente, realizaram o primeiro treino. Estudaram as circunstâncias do local, as possíveis falhas, o revide do inimigo, mas quando a operação foi colocada em prática, falhou. Após o minucioso estudo sobre o que os teria levado ao fracasso, os líderes concluíram que a operação fracassara porque os soldados não tiveram de colocar suas vidas em risco, como da primeira vez.

1. Paulo, líder servo
Na interação acima, foi retratado a história de um grupo de elite que em um primeiro momento de suas careiras deram a vida pelo seu General. Mas com o passar do tempo, o preciosismo e talvez o orgulho, tomou conta de suas atitudes e na segunda grande missão de suas carreiras, fracassaram.

Não vemos, no decorrer do ministério apostólico de Paulo, desânimo, esmorecimento ou qualquer espécie de preciosismo que o tempo de ministério causa em muitos líderes.

Igualmente, o jovem Davi antes de enfrentar Golias foi orientado por Saul a usar sua armadura, pois todo soldados antes da batalha tinha que usar capacetes, armaduras, escudos e lanças. Todavia, ele foi para peleja com o que tinha de melhor que era sua sinceridade e isso foi uma das atitudes que lhe garantiu a vitória.

O mais belo na vida de Davi, é que na segunda maior missão de sua vida, na reconquista da arca da aliança, mesmo sendo agora o maior Rei de Israel, ele tomou uma atitude semelhante a que adotou quando ainda era um jovem pastor de ovelhas, de maneira sincera e sem qualquer preciosismo ele se despiu de suas vestes reais e comemorou a volta da arca da aliança com muita sinceridade, como se ainda fosse aquele jovem pastor.

Será que as atitudes atuais de alguns líderes correspondem às mesmas que tomavam no início de seu ministério? Ou o tempo está enchendo seus corações de preciosismo e de orgulho pueril?

Apesar de muitos erros, Davi sempre procurou agradar o coração de Deus e não dos homens, mesmo que todo um sistema não o ajudasse. Por isso agradou a Deus e ganhou a bela alcunha: Um homem segundo o coração de Deus (At 13.22).

A bíblia adverte: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente...” (Jr 48.10a). Diz ainda: “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens” (Cl 3.23).

Em cada missão Paulo se dedicava cada vez mais, mesmo não sendo correspondido, nos líderes que não têm o amor de Deus derramado em seus corações através do Espírito Santo, esse amor não correspondido provoca preconceito e arrogância. Mas nos verdadeiros líderes servidores, de muita boa vontade, o amor aumenta a cada dia. Por isso ele afirmou: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Co 12.15 – original sem negrito).

O tempo e as realizações de um grande ministério não faz nascer nenhum sentimento de orgulho naqueles líderes que apesar das honras, nunca deixam de ser servo. Pois uma vez servo, sempre servo. Por isso ele exortou no texto em destaque: “não recebais a graça de Deus em vão”. Nós não merecemos militar nesta batalha por Jesus, por isso temos que zelar pela oportunidade que nos concedeu de liderar um exército.

2. Escândalo: pedra de tropeço
Paulo amava tanto aos seus liderados ao ponto de em nenhuma época do seu ministério ter trazido escândalos a obra do Senhor que são tão comuns nas relações interpessoais (v. 3): “não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.

A palavra escândalo tem origem no grego proskomma (προσκομμα)[1], que significava pedra de tropeço, obstáculo no caminho ou aquilo sobre o qual a alma tropeça. Por exemplo, se alguém batesse seu pé contra o proskomma, tropeçava e caía, além do mais, era o motivo pelo qual se pecava.

Ora, sabemos que existem profecias no sentido da inevitabilidade do escândalo (Mt 18.7), mas em sendo necessário, que não venha por nós, amado leitor. Quantos prejuízos esses têm causado à obra do Senhor nas inúmeras matérias envolvendo líderes religiosos no Brasil? Não sejamos pedra de tropeço no avanço da obra do Senhor!

Paulo exemplifica nove provas da paciência e fortaleza do seu apostolado mesmo em meio às tribulações (vv. 4,5), que se dividem em três grupos:
I. Difíceis circunstâncias da vida:
a) aflições
b) privações (sofrimentos)
c) angústias (dificuldades)
II. Perseguições:
a) açoites
b) prisões
c) tumultos
III. Dificuldades circunstanciais:
a) trabalhos
b) vigílias
C) jejuns

Chama-nos atenção que Paulo não esmoreceu sua fé, mas manteve o equilíbrio em toda aflição, inclusive sendo agredido por populares, trabalhando demasiadamente na obra, perdendo muitas noites de sono e nem mesmo sem ter algo o que comer.

Provavelmente esses trabalhos, jejuns e vigílias a que ele se refere no terceiro grupo não eram voluntários, mas sim circunstanciais devido à escassez ou quem sabe preocupação oriunda das dores de parto: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19). Afinal, quem consegue se alimentar ou dormir quando as provas estão nos esmagando?

As circunstâncias é que lhe tirava o sono e o apetite, as circunstâncias é que lhe obrigava a pregar a todo o momento e às vezes ainda fazer tendas para seu próprio sustento.

Que líder! Precisamos de mais “Paulos”!

Nesse sentido afirma Shedd:
Um líder nega a si mesmo, sofre e pode até morrer para ajudar ao próximo por causa do constrangimento do amor de Cristo (2 Co 5.14). A realização, a fama e a recompensa que acompanham a liderança nesta vida, são secundárias. Como Moisés, um líder servil prefere "ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado", porque "contempla o galardão" (Hb 11.25,26)[2].

3. As armas da justiça: fé é escudo e a palavra de Deus é a espada
Mais ações que deram credibilidade a liderança do Apóstolo Paulo (vv. 6,7): pureza, saber, longanimidade, bondade, o Espírito Santo, amor não fingido, palavra da verdade e o poder de Deus, pelas armas da justiça.

Vale ressaltar que, o poder de Deus se manifesta através das armas da justiça: “na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,” (2 Co 6.7 – original sem negrito). O que significa a expressão em destaque? O guerreiro medieval empunhava em sua mão direita uma espada e na sua mão esquerda um escudo, logo, Paulo nos ensina que na guerra espiritual temos que possuir armas ofensivas e defensivas.

Arma vem do grego hoplon (οπλον) [3] provavelmente da palavra primária hepo (estar ocupado com) significava qualquer ferramenta ou implemento para preparar algo, ou as armas usadas em guerra, armamento.

Todo líder tem que ter em mente que a nossa é escudo e a palavra de Deus é a espada, com aquele nos protegemos de todos os dardos inflamados do maligno e com esta espada poderosa empunhada as portas do inferno não prevaleceram (Ef 6.16,17).

Vale corrigir um erro conceitual que muitos têm quando estão sendo perseguidos, ao citar imediatamente a seguinte frase do próprio Jesus: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18 – original sem negrito).

Jesus, nesse versículo, ao contrário do que muitos pensam, retrata uma igreja guerreira, partindo para o ataque e as portas do reino do inferno indo ao chão e não ao contrário, a igreja sendo atacada pelas hostes do inferno e prevalecendo na resistência, na defensiva.

Por isso que, segundo esse princípio bíblico estabelecido pelo próprio Jesus, a melhor defesa é o ataque. Judas aprendeu bem essa lição ao ponto de nos exortar na sua epístola universal a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (v. 3).

Conclusão
Os grandes líderes atuais têm que seguir os passos de Paulo, uma vez que esse seguiu os de Cristo que afirmou: “E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.12). Parafraseando a ideia temos a seguinte lição: “Quem quiser ser líder deve ser primeiro servidor. Se você quiser liderar, deve servir”.

Mesmo se humilhando por amor a muitos, a humanidade nunca viu nem verá um líder como Jesus:
Bem, não conheço ninguém, vivo ou morto, que possa chegar perto de Jesus Cristo na personificação dessa definição. Vamos olhar os fatos. Hoje, mais de dois bilhões de pessoas, um terço dos seres humanos deste planeta, se dizem cristãos. A segunda maior religião do mundo, o islamismo, é menos da metade menor do que o cristianismo. Dois dos maiores dias santos deste país, Natal e Páscoa, são baseados em eventos da vida de Jesus, e nosso calendário até conta os anos a partir do nascimento dele, há dois mil anos. Não me importa se você é budista, hinduísta, ateu ou da "igreja da moda", ninguém pode negar que Jesus Cristo influenciou bilhões, hoje e ao longo da História. Ninguém está próximo do segundo lugar.[4]

Portando, sigamos o Mestre Jesus que se declarou o Bom Pastor (Jo 10.14), mesmo sendo o Sumo Pastor (1 Pe 5.4), que é garantia de uma liderança eficaz. Vejamos o que o próprio Paulo declarou sobre a liderança de Jesus:
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é acima de todo nome (Fp 2.6-9).

Encerro essas linhas citando um belo texto do Pr. Altair Germano sobre a verdadeira gestão ou liderança cristã:


GESTOR OU PASTOR?
Gestor cuida de coisas, pastor cuida de ovelhas.
Gestor visita obras, pastor visita ovelhas.
Gestor administra os negócios, pastor alimenta as ovelhas.
Gestor comanda de sua mesa, pastor se envolve com as ovelhas.
Gestor cheira a gabinete, pastor cheira a ovelha;
Gestor manda nos comandados, pastor serve as ovelhas.
Gestor possui seguranças, pastor protege as ovelhas.
Gestor consulta o número do cadastro, pastor conhece as ovelhas pelo nome.
Gestor espera o resultado, pastor vai em busca da ovelha e a carrega nos ombros.
Gestor pune, pastor corrige as ovelhas.
Gestor demite, pastor restaura as ovelhas.
Gestor da treinamento para os liderados, pastor guia as ovelhas.
Gestor tem metas, pastor tem propósitos.
Gestor busca o topo, pastor caminha nos vales.
Gestor usa apenas a técnica acadêmica, pastor usa a experiência dos desertos e dos vales.
Gestor é formado, pastor é chamado.
Gestor assina papéis, pastor cumpre o seu papel.
Gestor gasta tempo e recursos com a manutenção do posto, pastor investe na oração.
Gestor constrói prédios, pastor edifica vidas.
Gestor paga contas, pastor paga o preço.
Gestor é temido, pastor é amado.
Gestor possui igreja, pastor é dado a igreja.
Gestor é chefe, pastor é amigo.
Gestor é bajulado, pastor é honrado.
Gestor passa, pastor fica na memória.
Gestor vive regaladamente, pastor dá a vida pelas ovelhas.[5]


NOTAS:                                                                                                                              


[1] STRONG, James. Dicionário bíblico Strong: léxico hebraico, aramaico e grego de Strong. São Paulo: SSB, 2002, p. 1627.
[2] SHEDD. Russell Philip. O líder que Deus usa: resgatando a liderança bíblica para a Igreja no novo milênio. São Paulo: Vida Nova, 2000, p. 66.
[3] STRONG, James. Dicionário bíblico Strong: léxico hebraico, aramaico e grego de Strong. São Paulo: SSB, 2002, p. 1550.
[4] HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2007, p. 41.
[5] Disponível em: http://www.altairgermano.com/2010/02/gestor-ou-pastor.html